quarta-feira, 15 de junho de 2011

Tão Distante - Parte 7 - O início

“Ashkaril olhava para Yvon, como um grande amigo quem não vê o outro há muito tempo, olhava Yvon com um sentimento fraternal. Yvon por sua vez, tentava decifrar o que estava acontecendo naquele instante. Sua visão estava ficando embaçada, Yvon não entendia muito bem o que estava acontecendo, nada daquilo fazia sentido.”

Fechei os olhos tentando fazer com que minha visão voltasse, abri-os e lá estava, deitado ao chão novamente. Um sonho? Um simples sonho? Não pode ser possível, não é possível... Foi tão real, eu realmente vi aquilo tudo acontecer, não posso acreditar.

Mais uma vez minha cabeça parecia explodir, mas aquilo já não era incomodo, me acostumei a aquilo e prosseguiria viagem, já estava a um tempo longe de casa, vagando por estes cantos. Nada de anormal, já estive mais de trinta dias longe.

O sol tocava minha pele, previsão de que a estação mudara. A neve ainda não havia parado, mas o frio poderia estar amenizando. Meu corpo estava dolorido após esta noite, não sei quantos dias estive estirado naquele chão.

“Yvon não tinha mais idéia do que fazer, após todos aqueles contratempos, não conseguia mais raciocinar, perdera o foco de sua empreitada. Não tinha em mente que seria tão difícil.”

Aquela casa distante, ainda estava em meu campo de visão, vou até lá, seja quem for que esteja lá, vai me ajudar a me localizar, para que um novo lugar seja construído. Aquele anjo ainda esta em minha mente, não acredito naquilo que aconteceu. Como eu poderia fraquejar daquela forma... Como que o tiro se transformou em pó ao tocar seu corpo. Sou guerreiro por nome e natureza. Mas, aquela luz. Aquela força. Ainda o verei novamente. Se aquilo foi real, eu o verei novamente.

“Perplexo com o acontecido, confuso, porém recuperou o foco e voltou-se a buscar aquela casa distante a qual podia crer que ali encontraria ajuda.”
Meu rifle pendurado em meu ombro, avistei um cervo ao longe, luneta ajustada para grande distancia, uns 100 metros mais ou menos, precisava de alimento. Mesmo ritual de sempre, única bala na agulha, tiro em pé, sem dificuldade apesar da distancia e do vento soprando para o lado atrapalhara um pouco, mas enfim.

Ao atirar, vi minha bala se desfazendo durante o trajeto. Fiquei perplexo, novamente. Mas desta vez soltei um palavrão para aliviar o stress:

- FILHO DA PUTA! QUE CARALHO ESTA ACONTECENDO AQUI?? PORRA!!!!

Fiquei nervoso, toda a raiva que eu podia ter, já estava cansado, com fome, não aguentava mais esta situação. Alguém estava brincando comigo. Mais um sonho? Não aguento mais... CHEGA!

“Por mais uma vez, Yvon se via num momento estranho, confuso de tudo o que podia acontecer, de tudo o que estaria acontecendo. Permaneceria caminhando, em busca daquela casa tida como foco principal, nem ligava mais se tinha dores, se tinha fome, estava anestesiado. Buscara agora, cumprir apenas o objetivo.”

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