quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Mais uma de Super-Herói... primeira parte

Resolvendo por um fim à própria vida, uma garota no auge dos seus 13 anos, ao ver seu pai morto com três tiros na cabeça, desferidos por um policial.

Seu pai era um advogado bom, mas como definir um advogado bom? “Advogado bom” é aquele que trabalha com a lei e não com suas brechas a fim de criar escapatórias para uma eventual punição. Porém, infelizmente, a lei não é cumprida por todos. Dr. Glover era seu nome, típico homem da casa, batalhava, sim, para um mundo melhor. Não abraçava causas que não cumprissem os bons costumes (como ele mesmo dizia). Não defendia bandidos nem se colocava em esquemas de corrupção, um homem íntegro. Naquele dia beijou sua mulher, Sra. Glover como era chamada (tinham este costume, o nome era dito somente aos íntimos, o que ainda não é o caso), chamou Sarah, sua filha, nunca se atrasava para o início das aulas e nem Dr. Glover para abrir o escritório ou para alguma audiência.

Encontrou alguns amigos durante a audiência daquela manhã, a causa estava ganha, um esquema envolvendo policiais ao trafico de entorpecentes; recebiam propina e utilizavam o carregamento para uso e venda. Ah, além de advogado, ele mantinha uma “identidade secreta”: Sr. Glover toda noite transformava-se em um detetive, infiltrou-se no tráfico para reunir provas contra todo aquele esquema.

A casa caiu! - Gritava o policial da corregedoria, uma semana antes do tribunal ser formado. -
Caiu mesmo, não somente a casa como também um império criminoso. Altas patentes, coronéis, tenentes e cadetes (os menos favorecidos, alguns mesmo estavam ali por obediência). Um deles, o Capitão Perez, amigo de infância de Sr. Glover, reconheceu aquela tatuagem (dedicada à sua esposa no ápice do namoro de muitos anos atrás).

Três dias depois do acontecido, uma ligação, Sr. Glover parecia preocupado saiu às pressas de casa, se dirigindo ao escritório. Chegando lá, já sabia que a porta fora arrombada, o sistema de alarme, desativado e o escritório estava revirado. Vestindo-se de super-herói saiu em um voo rasante em busca dos autores, mas não os encontrou num bar, ou num depósito. Fora na delegacia que Capitão Perez e Dr. Glover (agora Dr.) trocaram olhares.

- Bom revê-lo Perez, está livre não é?
- Sim, meu caro Peter. Estou livre, suas provas forjadas não me incriminaram.
- Você quer dizer sobre seus atos ilícitos que acobertaram, mais uma vez, suas bandidagens não?
- Sabe que posso te prender por desacato, não sabe? Grande amigo que é... armando contra mim.
- Você armou para si mesmo, espero que saia vivo dessa...
- Ao contrário de alguns, sairei.
- O que quer dizer com isso?
- Nada, apenas cuidado onde pisa... Grande amigo.



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