quarta-feira, 8 de junho de 2011

Tão Distante - Parte 2 - O início

Mais uma vez abri os olhos, um novo dia se inicia. Tudo está coberto pela neve, o sol não subiu aos céus fazendo com que tudo ainda esteja na penumbra, no quarto do meu menino a porta entreaberta cria um feixe de luz que me permite ver com clareza que ainda dorme tranqüilo. Sono pesado como o da mãe, que ainda está na cama.
Caminho pelo corredor, até chegar ao banheiro onde lavo meu rosto e me preparo para mais um dia, hoje lá pelas seis da manhã, vou atravessar o gelo em busca de um lugar melhor. Talvez moradia, talvez melhores condições climáticas, talvez não encontre.
O despertar de mais um dia, posso ouvir o som do vento passando pelas árvores, causando aquele assovio característico. A lareira já não está mais acesa, restaram somente cinzas da noite anterior, no forno rústico a lenha. Vejo algumas brasas pequenas e somente alimento-as para que o fogo não cesse.
Escuto passos no corredor, Lena acabara de acordar e viria fazer o café.
Sentados a mesa:
- Hoje vou sair para explorar a área, talvez monte acampamento e fique fora por uns dias. - Não acha o inverno rigoroso demais para isso? - Não. Precisamos sair daqui logo. Antes que seja tarde demais. - Tudo bem. Estaremos aqui esperando por você, Aliek e eu.
Em questão de clima, senti uma leve melhora, a neve já não era tão intensa.
O sol já ameaçava despontar, mas o inverno é assim, existem dias sem sol e não iria aguardar que o astro Rei se mostrasse no horizonte. Juntei meus pertences, mantimentos, mochila nas costas. Ao mesmo tempo em que pisava no chão, sentia o peso do chão em meus pés. Eu e meu fiel amigo, um rifle de precisão, T3, de origem finlandesa pendurado em descanso sobre meu ombro direito. Caminharia sem rumo por alguns dias. Talvez encontre um novo lugar, talvez não.