quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Tão Distante - Parte 5 - O Passado

Duvidava ainda do que via, seria apenas um sonho ruim. Tudo aquilo não passava de um sonho ruim, cedo ou tarde eu acordaria em minha cama, ao lado de Lena. Iria até o quarto de Aliek, vigiar seu sono, verificar se está tudo bem com nossa casa. Sairia para caçar e cuidar para que nada de mau acontecesse para nós. Não estou negando a realidade, não é isso, mas chega de fantasia por hoje, por hoje e por toda esta noite. Esta aberração, apesar de me salvar também é fruto de minha imaginação, de um sonho ruim.

- Vamos Yvel, reaja, preciso de sua ajuda. (dizia Ashkaril esperando que Yvel tomasse partido de algo)

Eu estava amolecido, meu corpo tremia. Não sei porque, minhas mãos não respondiam aos meus comandos, nenhuma parte do meu corpo respondia, eu ouvi a aberração gritar meu nome foi só o que ouvi. Pude ver a fera metálica investindo em nós. Ashkaril desviava somente, talvez não pudesse atacá-la, não sei ao certo. Tudo estava confuso.

Foi quando despenquei daquela altura, fomos atingidos por um disparo efetuado pelo canhão esquerdo da fera ou seria o direito... ainda no chão, vi aquele anjo resistir firmemente aos ataques ao mesmo tempo em que defendia minha posição, eu estava caído, indefeso, me ver naquela situação, dependendo de alguém que nem ao menos confiava, porém ele lutava com todas as suas forças.

“A fera metálica, seu nome era CYB010-SXTRM, um robô em formato de animal, o exercito dos Cybers tinha este costume, o de fabricar maquinas de guerra com formato de animais terrestres, nada de incomum, alias aquele urso, era somente a décima evolução de 50 gerações. Para se ter uma idéia da força que tinham em combate.”

Consegui olhar para cima, a fera estava a ponto de esmagar meu corpo. Eu morreria ali, pisoteado como um verme, não implorei por misericórdia, apenas fechei os olhos e pedi que aquele sonho tivesse fim. Foi então que senti alguma coisa puxando meus braços, era Ashkaril, arriscando sua vida novamente. Ashkaril num golpe de sorte conseguiu se posicionar atrás do urso, atingindo seus circuitos com um raio que saiu de seus olhos. A fera em um momento de explosão gerou um campo magnético que estourou meus tímpanos, a luz queimou minha retina, queimou minha roupa também.

Ouvi um zunido e mais nada.