sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Entrelinhas

As notícias chegavam do oriente, não se viam fazia um tempo. Ela e o jornal, a vista do monte Fuji era cômodo na janela numa gravura, Katsushika Kokusai, observava o lado lisérgico. As multicores que se misturavam num tufão que passava pelo oeste da ilha. Em Fukushima os núcleos esquentavam enquanto as paridades e estacas sombreavam o mito.

Na cidade asteca, ainda sobravam os ritos, as ruínas, pedras talhadas com esmero. Eram vivos os credos ao Deus propriamente dito. Os cultos de chuva e bom tempo, enquanto o eclipse seria mais uma vez reverenciado. Foste uma bela tarde de sol enquanto descansavam a beira mar.

Na capital, Tokio, o constraste entre o rural e a cidade, traria uma viagem no tempo ao lembrar de Meiji que no auge da segunda grande guerra, levaria a bandeira do sol nascente a diante. As bombas de Hiroshima e Nagazaki criavam o protesto.

Bandeiras, avisos, comunicados, poder excessivo e a marcha até Stalingrado, na mãe Rússia antigamente chamada de União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, retornando ao centro, após um milhão e trezentas mil baixas, o grande exército vermelho, encaixava o estandarte no topo do 3º Reich em Berlin.

Uma terra morta, as árvores devastadas e relógios incertos. O deserto estava ali e a Monalisa continuava misteriosa sob o olhar de Da Vinci. Michelangelo com a capela Sistina e Caravaggio com a Medusa, petrificados sejam os que no olhar, levam a culpa de Édipo. Nos olhos da esfinge que chorava suas lagrimas de areia.

As pirâmides que se formavam em conjunto e constelações observavam Orion e ascendiam acima das estrelas. Nada ali podia por fim a paz, o escuro não era dilacerador o mundo visto lá de cima era mais bonito, azul.

As nuvens ainda se colorizavam com o brilho de alguma coisa distinta que se formava no horizonte marciano, ó Olympus Mons.

Marte continuava vermelho, árido, seco, inquieto, sério, devastador. Visto a olho nu.