segunda-feira, 15 de julho de 2013

Em caso de emergência, quebre o vidro.

Entre as cores mais belas que se via, o por do sol se voltava contra os olhos, fechava-se as pálpebras e mesmo assim alguns vultos roxeados eram percebidos pela essência.

Todas aquelas pessoas, indo e vindo. Uma escada, corrimões estranhos, tortos. Faixas avermelhadas no céu entre os cabelos negros por dentro do véu que cobria a santidade. Num voo rasante descobria que apenas manipulava o ar ao invés de flutuar, mais rarefeito. Bonito ver os pássaros mais de perto, juntamente a linha entre a terra e o céu havia meio astro, hélio.

Num rabisco a mais tornava o satélite presente. Um sorriso denunciava a míngua, o quase fim. Anoitecia com diamantes num tapete crepuscular. Seria uma noite quente, por hora e por honra. A cerejeira tatuada, lembrar-se-ia de tons aquarelados, aqueles lábios roseados, olhos negros, respiração ofegante, vidros embaçados.

Bons sonhos.

E no fim, um Buda em posição da flor de lótus, tons lisérgicos no fundo.


O astro rei ainda brilhava em suas mãos.