domingo, 20 de outubro de 2013

As quatro estações

Como se já não fosse por vontade da natureza que os corpos de completassem naquela noite. A lua, que acima de suas cabeças, fazia um semblante parecido com uma vela acesa, luz, clara, prateada. Sob um manto vermelho, apenas sentiam que por dentro, um calor aquecia seus corações que palpitavam em pouca disritmia.

Prometiam perante aquela união com juras e mais juras. Era infinito, numa atmosfera intensa, o ar mais rarefeito surgia em nuances e vertigens. Dançavam juntos como se fosse a ultima vez.

Tocavam-se, olhavam-se (olhos nos olhos), a curiosidade pelo desconhecido era vencida. A pele arrepiava enquanto as mãos pouco mais ásperas passavam devagar pelas pernas lisas, subindo pela cintura chegando ao dorso e nuca, caindo pelos braços. Enfim, mãos nas mãos e dedos entrelaçados. Como se não houvesse barreiras e como em ondas, chegavam ao êxtase.


Deitados ainda com o sol nascendo em meio as arvores, as mãos coladas, pernas juntas e num abraço foram despertando com os pássaros.