tag:blogger.com,1999:blog-45403608799557669302024-03-14T06:33:28.962-03:00Excêntrica LiberdadeDando início a jornada de trabalho de 24 horas por dia. Incluindo fins de semana. Mente criativa tentando buscar alguma coisa que faça sentido dentro deste emaranhado de confusões.Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.comBlogger245125tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-44779902208887565672022-10-01T18:40:00.003-03:002022-10-01T18:40:58.039-03:00Tous les Jours - 05<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> O Juca era verdadeiramente um cara bem viajado, tão viajado que em
uma dessas conversas de balcão deixou escapar uma de suas viagens pela Ásia,
logo no início, quando decidiu viajar por conta de um intercâmbio para a China.
Fez faculdade e etc, o cara não era fraco não. Ele contava:</span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Por vários dias passei sozinho andando por aí, a capital chinesa,
Pequim é pra lá de variada e tem muita gente andando pra lá e pra cá, o modo
asiático de vida é meio controverso, eles fazem praticamente as mesmas coisas
que os americanos e se dizem comunistas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Léo gostava dessas conversas, viagens e etc. Ele só não se abria
muito quando a conversa era sobre mulher, o moleque comia quieto, bem quieto.
Enfim, questionava:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Mas lá era muito frio?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">Juca respondia:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Acho apenas que o inverno é um pouco menos rigoroso que em algumas
cidades que o inverno é mais forte, como Vancouver ou Cleveland, mas, claro que
quem não gosta de uma friaca, que procure uma cidade mais ao sul, o litoral é
feio, repleto de portos e a poluição é um grande diferencial negativo para as
cidades portuárias como Zhanjiang ou Shenzeng. Hong Kong é tranquilo mas, é um
povo meio esquisito. Quanto mais ao norte, mais frio, Taiwan é caro demais,
Singapura nem se fala, tudo em dólar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Antunes queria saber mesmo era do mulheril:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Fala das mina pô, as chinesas são boas?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">Juca não ligava muito pro Antunes e continuava a falar com o Léo:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Depois que iniciei meus estudos em comercio exterior na
universidade de Ningbo (região próxima a Xangai), consegui um emprego nessas
empresas de manufatura e e-commerce, essas empresas que vendem baratinho e
enviam para o mundo todo seus produtos a preço, literalmente, de banana. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Falam que na China tem trabalho escravo, é verdade isso?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- As condições nunca eram das melhores, mas, pagavam em dia e o
pessoal lá era bem legal. Um dos meus colegas de trabalho, o Lee<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Antunes:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Ah isso é balela, nome comum pra caralho, você viu num filme,
vai? Lee?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Parece clichê, mas eu juro que ele se chamava Lee, apareceu com
um espremedor de suco, essas bugigangas que a gente só vê em sites como Aliexpress,
Alibaba, Shopee e afins. Aquele aparelho era fantástico, silencioso e para a
minha surpresa era também a bateria, ou seja, suquinho tirado da fruta na hora
em que se consumia, tudo o que se precisava era uma caneca, copo ou algum
recipiente e claro, as frutas.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Antunes já fazia uma cara meio assim enquanto olhava para o barmen:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Aaaah, que mané suquinho Juca! Não tinha uma maquina que fazia
cerveja? Essa era a boa! Ou Whisky, pultz, aí sim! Um Ballantines 15 anos
direto da fonte. hehe<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Barmen fazia os cálculos de como é que se fazia whisky 15 anos
sem esperar 15 anos. Devolvia para o Antunes que apenas ouvia a história.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Sempre na hora do lanche, lá não tinha horário de almoço,
trabalhava da hora que chegou até a hora de ir embora e a hora de ir embora
nunca era de fato sempre no mesmo horário. Lá nunca era um diferencial “dar o
sangue” pela empresa, quem não dava o sangue era despedido e pronto, é de fato
uma visão do Comunismo, as pessoas vivem pelo trabalho e pelo Estado mas, que
fique claro, o partido é Comunista, a China não.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">Antunes interrompia de novo:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- O QUE? Comunistas? Tô fora! Esse povo aí come criancinha!<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Léo assustado com a fala do Antunes apenas olhava para os lados,
ele acreditava em tudo o que contavam. O Juca seguia:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Enfim, na hora do lanche percebi que tinha esquecido meu refrigerante
de todos os dias e a máquina estava com o estoque zerado, a empresa que fazia a
manutenção tinha se esquecido da gente.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Antunes já previa a história toda:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Tá, aí vai dizer que o Lee Comunista te emprestou a máquina dele
e vocês tiveram uma linda amizade!<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">Léo sorriu.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">Juca seguia: <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- O Lee observou que eu comia meu sanduiche a seco e questionou se
eu não gostaria de um pouco de suco ou chá, ele tinha bastante, eu aceitei um
copo e para a minha surpresa ele tinha algumas laranjas ao colocar na máquina espremedora
(ele estava louco para mostrar a novidade, obviamente) me dizia como aquele
aparelho mudou a vida dele, como ele se tornou mais saudável sem ter tanto
trabalho.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">Mais uma vez o Antunes atrapalhou:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Ah, pronto, agora virou história de coach essa porra, nome
genérico, história de superação, ponto chave, cidade que ninguém esteve...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Juca ainda tentava contar, e desta vez se virou para o Antunes:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Dava pra ver que ele estava mais esbelto e ao perguntar,
confirmei também que ele estava malhando na academia que ficava próxima a
empresa, ele ia lá todos os dias após o expediente.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Ah, pronto, agora a história está completa, suquinho e academia...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Juca estava impaciente...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Deixa eu acabar???<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">Antunes se calou e o Léo fez sinal que sim.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Uns 3 dias depois, passando por uma barraca de frutas,
verifiquei que eles não só vendiam as tais laranjas como também a tal maquina
de espremer, comprei as laranjas apenas, não queria parecer invejoso nem nada
do tipo já que lá eles viam a inveja como algo estarrecedor, e cheguei lá com
as laranjas para o Lee espremer na máquina dele e a gente tomar um sucão. O dia
passou e fomos embora, o Lee estava meio estranho, achei melhor não perguntar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Antunes pedia outra dose, sabia que a história ia levar mais
tempo. O Léo só ouvia enquanto puxava um cubinho de queijo Gruyère do prato. Juca
contava:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- No dia seguinte o Lee levou algumas outras frutas e percebi que
a mocinha da limpeza dava um risinho pra mim e olhava para o Lee, meu mandarim
não era perfeito e nem nunca foi. Mas eu o entendi dizendo para ela “séquiçu”,
ela dava mais um risinho e voltava aos seus afazeres.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">Já no final do expediente ela passou por mim e disse, “séquiçu”,,
toda sedutora e tal. Como eu tinha acabado minhas coisas e estava indo embora,
acabei topando com ela no elevador e ela olhando pra mim com olhos de fome.
Quando o Lee apareceu e convidou a gente para ir até a casa dele tomar um suquinho
diferenciado.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">Entendi o recado, era ele deixando as coisas bem fáceis para que
eu largasse a mandioca na nobre mocinha da limpeza, ela repetiu várias vezes a
mesma coisa... “séquiçu”, “séquiçu”, “séquiçu”. Ele dava um risinho e ela
devolvia, olhando para mim, foi quando desconfiei que ele poderia ter aprendido
a palavra só pra facilitar as coisas entre mim e ela. Que cara foda! Que
parceiro!<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Antunes não se aguentava:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Caralho, eu sabia que tinha sacanagem na parada! Que safado! Conta
logo!<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Léo corou, mas queria saber do resto da história...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Daí então já no apê do Lee, bebidinha pra lá, a máquina
espremendo suco e o cara batizando com cachaça, comemos uns petiscos meio esquisitos
e do nada deu um calor, a mocinha tirou a roupa, pegou na minha mão e me levou
pro quarto, deitou na cama e começou a me beijar.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Léo pediu pra ir no banheiro e o Antunes resmungou:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Porra Léo, larga a mão! Na hora boa não! Fica aí seu caraio!
Aguenta firme!<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Léo ficou, sem saber onde enfiar a cara. <o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Continua, vai...<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">Juca seguiu:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- A gente se beijando loucamente, quando do nada ela agarrou a
minha cintura com as pernas e gritou, “séquiçu”!<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">Quase afundei ela na cama na pura madeirada! Quando senti uma
coisa entrando em mim! Era o Lee, roubando toda a minha inocência se é que me
entendem. Não deu muito tempo para reclamar, já tinha acontecido o que eu mais
temia nisso tudo. O cara não entendeu nada quando eu parei tudo me vesti e vazei
dali puto da vida enquanto aquele demônio sedutor deitado na cama apenas de lingerie
agora questionava: “séquiçu”?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">Descobri que a China não era pra mim.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">No aeroporto, vindo embora, na fila do check-in tinha uma brasileira,
conversávamos quando pedi pra ela tirar uma dúvida, se “séquiçu” na china era
aquilo mesmo. Ela meio assim respondeu que “Sān rénzǔ” era a tradução para ménage.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Léo com os olhos lacrimejando.<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">A Lurdes, garçonete lindíssima que passava por ali e prestou atenção
a história indagou o Juca:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- O china comeu o teu botão?<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">O Antunes cuspiu a cerveja, batendo na mesa dizendo:<o:p></o:p></span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;">- Você tomou um sucão e o china comeu o teu botão!</span><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzjAq43HEDSF1awV_E1k0UT5JASAA1dxpFlLSVFDdmymdYnZxDWKxazBPl6exRmJpFPHHt0fgKR1H95HBqzH6uDNOHDVHk9l5yOKg7gd91Dl1TwLGrZMT-AFRt6k1v91ZBSYmSPrBMMN5ozAJGgrrXMEXRtLXzm2jcAUKeOcIGdDOjoriDMCjSaOkn/s820/Xi-Jinping-China-freetodie-820x394.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="394" data-original-width="820" height="193" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhzjAq43HEDSF1awV_E1k0UT5JASAA1dxpFlLSVFDdmymdYnZxDWKxazBPl6exRmJpFPHHt0fgKR1H95HBqzH6uDNOHDVHk9l5yOKg7gd91Dl1TwLGrZMT-AFRt6k1v91ZBSYmSPrBMMN5ozAJGgrrXMEXRtLXzm2jcAUKeOcIGdDOjoriDMCjSaOkn/w400-h193/Xi-Jinping-China-freetodie-820x394.jpg" width="400" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-91519696013575154002022-07-05T19:12:00.002-03:002022-07-05T19:20:27.987-03:00Um manifesto<p><span style="font-family: arial;">pelas almas que passam a vida inteira entregues ao acaso de se perder em meio ao mundo.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">Deleitem-se ao menos do prazer de carregar consigo mesmos
seus medos, angústias e atrevimentos. Levem suas lições e assinem suas próprias
sentenças.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">O mundo é hostil, é inóspito, o oxigênio que nos dá a vida é
o mesmo que aos poucos a tira. A natureza não é amiga, somos parte dela e de
sua cadeia alimentar. As pessoas são sacanas, são safadas, é de natureza do ser
humano levar vantagem em tudo e são pouquíssimos os casos dos que se eximem
desta culpa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">A maior parte destes vive sob as sombras do próprio egoísmo
e do mal que faz pensando apenas na própria sobrevivência. A todo momento
extraindo tudo o que a vida pode fornecer e quanto mais fácil, melhor.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">A noite é dos coiotes e só sobrevive quem de fato se encarrega
de fazer parte da matilha ou se arma contra estes que procuram a carniça. Ainda
que na matilha, sabemos que a moeda de troca nunca será a lealdade. No mundo de
hoje, depender apenas de si mesmo é a grande valia.<o:p></o:p></span></p><div style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;">"Para, observa, pensa, agradece, segue, percebe:<br />Para o que está fazendo!<br />Observa a tua ação!<br />Pensa se fosse na tua pele!<br />Agradece mais do que pede!<br />Segue a sua vida!<br />Percebe quem são seus inimigos!<br />e, não tenha medo..."</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><br />Os coiotes tendem a temer quem não os teme.</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: arial;">Faber Krystie McDonnadan</span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXyMvVzRoL-6pwIV5YSiP-b6XiPhUswHtNJX7qSKDOTM2lAvuF8yvFFXDUcaW0EzVtEMXVDn-U4o02YNe0FmrLHRuP05D_fN-uaqBgilHMmrKs4zu2z5H6Swp5sJmK64z2qhAnEiYmk21toIW6vxUkPuHsXKqHsDUxzc6HUM924qjwBDSgaUoO0zqL/s500/D_NQ_NP_812513-CBT45152952657_032021-O.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="500" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiXyMvVzRoL-6pwIV5YSiP-b6XiPhUswHtNJX7qSKDOTM2lAvuF8yvFFXDUcaW0EzVtEMXVDn-U4o02YNe0FmrLHRuP05D_fN-uaqBgilHMmrKs4zu2z5H6Swp5sJmK64z2qhAnEiYmk21toIW6vxUkPuHsXKqHsDUxzc6HUM924qjwBDSgaUoO0zqL/s320/D_NQ_NP_812513-CBT45152952657_032021-O.jpg" width="320" /></a></div><br /><p class="MsoNormal"><br /></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-72944075553327659042022-04-15T14:55:00.002-03:002022-04-15T14:55:18.479-03:00O trago <p><span style="font-family: arial;"> Ao mesmo tempo</span></p><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">A brasa sustenta<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Regida pelo vento<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Naquele que se ausenta<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">O cais de américa se finda<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">A fragata se adentra<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Um oceano se centra<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Num destino que em sua vinda<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Trás-os-Montes da Lusitânia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Agrava os perigos dos mouros<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Em harmonia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Aos tolos<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Pobres dos que carregam<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Um destino incerto<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">D’onde se entregam<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">No exceto</span></p><p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;"> </span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Inocentes morrem<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">O cigarro se apaga<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">O frio se torna ad valorem<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Nos pulmões de quem traga<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Para tal derrota<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">É preciso astúcia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Ao som da rôta<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">Ao passo da renuncia<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><o:p><span style="font-family: arial;"> </span></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span style="font-family: arial;">“As gaivotas pairam no céu tocando o oceano em seu desígnio
de perpetuação. O Sol se põe ao longe enquanto as embarcações parecem sumir no
horizonte. Estou num cais, como quem parte. Olhando o mar, como quem fica.”<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNoSpacing" style="text-align: right;"><span style="font-family: arial;">Vom Krystie McDonnadan</span></p><p class="MsoNoSpacing"><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj2XCOfuOO9X9KyqNiPUVEe3RFFO0fBn0v2XSXrUoT0rBTqAZX81r_ilneTWiIP_cI-xu8zgy73BOQw5kpS0CnxG8YlQiSve81GVZPXgwK5rBBGJ8uMsjmqVf-yfuL9uvf-C-GskTUN6ru-BD_3GxEHo4fLrhX5bBMaXs-9J814jjCtfvLhrMXdH-N/s750/astrol%C3%A1bio-3-750x430.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="430" data-original-width="750" height="229" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjj2XCOfuOO9X9KyqNiPUVEe3RFFO0fBn0v2XSXrUoT0rBTqAZX81r_ilneTWiIP_cI-xu8zgy73BOQw5kpS0CnxG8YlQiSve81GVZPXgwK5rBBGJ8uMsjmqVf-yfuL9uvf-C-GskTUN6ru-BD_3GxEHo4fLrhX5bBMaXs-9J814jjCtfvLhrMXdH-N/w400-h229/astrol%C3%A1bio-3-750x430.webp" width="400" /></a></div><br /><p class="MsoNoSpacing"><br /></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-37026392353619130922022-04-12T12:38:00.004-03:002022-04-15T14:48:55.941-03:00Mallevs Maleficarvm<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A<span style="text-align: justify;">li parado, observando o buraco
negro a uma distância segura, observei que a anomalia ocorria no deserto de
eventos. Alcançar o centro, para nós humanos, era de fato algo irreal, feria a
nossa consciência, dignidade e moral. Seria um lançamento no desconhecido com a
consciência de que o retorno jamais existiria. Arremessar-se contra aquele que
era visto, porém desconhecido, foi apenas uma ideia impulsiva, que foi cumprida
com sucesso.</span></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;"><span style="text-align: justify;"><br /><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;">O mundo é sufocante dentro do
vórtice, do vácuo, os sons estridentes dentro de sua cabeça podem parecer cada
vez mais altos e quando se percebe são seus neurônios que estão em plena
combustão. Seus ouvidos não sangraram pois não havia pressão suficiente para
que o sangue escorresse para fora. A cabeça parece querer sucumbir ao abismo
enquanto os novos espectros são capturados pela gravidade, as ondas de rádio vieram
de muito longe e percorreram o espaço através dos ecos que perduraram por bilhões
e bilhões de anos entre idas e vindas do tecido escuro. A existência fora do
planeta Terra já era de fato obsoleta, não se acreditaria mais em uma espécie
de condição divina para que a vida perdurasse em ambientes tão hostis, o
próprio planeta Terra era de fato hostil, porém contudo, ainda preservava as
matérias primordiais para o avanço de seres dotados de inteligência a ponto de destruírem
a si mesmos, em resumo, Deus estava morto.</span></div></span></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;">A dilatação temporal é ainda um
mistério para os seres humanos que nunca saíram do planeta azul, todos nós sabemos
que até mesmo na estação espacial os cosmonautas tem 7 dias dias em 1, logo,
imaginando que a teoria da relatividade de Einstein nos revela que os objetos
massivos distorcem o tempo de acordo com sua gravidade, a dimensão conhecida
como espaço tempo se desmembra em duas para nos explicar a que horas e onde
estaremos, mas, se tratando de horas, já entendemos que os nossos sentidos estão
aplicados a uma invenção tão inescrupulosa e impotente quanto esta capsula que
foi feita para a minha proteção. Aqui dentro deste que não denomino espaço,
universo ou algo do tipo, objetificarei apenas como, novamente, o deserto de possibilidades.
É inerte, é vazio, é estranho, obviamente inóspito e inalcançável aos olhos
humanos.</div></span></div><div style="text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;">Hoje o tempo parou, ontem talvez
o tempo estivesse parado, talvez eu esteja aqui a muito tempo, talvez eu esteja
aqui por um piscar de olhos, o mundo cá deste lado de dentro do vórtice, tudo
parece não ter lado, é um sufocante e confortável vazio, sentido de todos lados
e formas, o próprio corpo convertido em luz se desfaz e se refaz, os olhos
propriamente ditos, fisicamente, se rebelam e em uma distração observam o todo e
o nada ao mesmo tempo. No meio do caminho existe também a consciência que não
se desprende do corpo, porém o corpo se converte em luz e a luz de uma forma
contínua se refaz dos mais variados formatos dentro deste deserto de
possibilidades, ela continua sofrendo os ataques da gravidade extrema e dos
pensamentos hora arrependidos, hora alegres pelas novas experiências e
descobertas que se convergem em um ambiente ainda mais hostil, a solidão.</div></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;"><br /><div style="text-align: right;">Faber Krystie McDonnadan</div><div style="text-align: right;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSXGHbr6LNvIvxv3yKCUOzJ27yafgmR3R6Tf3RaqDGaX8cJtp_VjxkK8-wOqKZX5Ko1kX-cv63NsfMv-U0ejaGgdnWKUPzgGtFQnUaoMVxhnCis1JUaBfABrE2qUdwzy3X2BEzCCHogGJLCvGUIaAW5ARAcg7idJM0TfCOyEL35XyYw2iz6hG7w70i/s3948/CA001-01.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3948" data-original-width="2364" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSXGHbr6LNvIvxv3yKCUOzJ27yafgmR3R6Tf3RaqDGaX8cJtp_VjxkK8-wOqKZX5Ko1kX-cv63NsfMv-U0ejaGgdnWKUPzgGtFQnUaoMVxhnCis1JUaBfABrE2qUdwzy3X2BEzCCHogGJLCvGUIaAW5ARAcg7idJM0TfCOyEL35XyYw2iz6hG7w70i/w240-h400/CA001-01.jpg" width="240" /></a></div><br /><div style="text-align: center;"><br /></div></span></div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><o:p></o:p></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-91053603926532185282022-03-31T01:42:00.000-03:002022-03-31T01:42:09.355-03:00Toronto<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> <span style="text-align: justify;">Eu queria dizer uma coisa breve,
nunca foi meu plano te deixar.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Você com seus transeuntes que
nunca param de andar, é natural, é fria, é calma e é tranquila. Toronto é de longe
o melhor lugar que já estive, é onde me sentia bem no meu trabalho, me sentia
bem em relação às pessoas tanto no tratamento para com os estranhos que pediam
informação quanto na rispidez de outros que chegaram de outros países ainda
crus e cegos pelo seu instinto de sobrevivência. Suas ruas são convidativas e
nos fazem querer conhecer cada pedacinho, tanta coisa para se ver, tanto a se
descobrir dentro de sua excentricidade do nascer de um dia ao nascer de outro
dia.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Andar pelo cruzamento da Yonge and
Bloor, ouvir ao longe Del Barber em sua musica lançada em 2014, Big Smoke. “Cegos
pelas luzes da cidade Cego pelas luzes da cidade ninguém pode ver você parando.
Faz tanto tempo desde que você viu as estrelas da pradaria e você não tem
certeza de que pode lembrá-los, mas há algo aqui para você encontrar”. É uma
música que fala sobre nossas raízes, sobre certas coisas que a gente se encanta
quando descobrimos algo novo e como as coisas parecem sumir no éter. Seguindo
por qualquer direção encontramos sempre uma arquitetura preservada, sempre
muito antiga, sempre muito bem cuidada. Atravessar com pressa pela Union Station
e adentrar como ratos às vielas da própria estação em construção dá um ar de
conhecimento, tanto quando andar pelos subterrâneos e travessas externas entre
os edifícios quando não pelas passarelas extremamente artísticas feitas
exatamente para nos proteger do frio, a vida não para, eu nunca parei, parecia
uma droga fortíssima injetada em minhas veias, desde a rotina mais natural como
comprar tickets de metrô, como o mais fora do comum em voltar em um ônibus
lotado de casa ao lado de 40 pessoas fantasiadas (entre eles um pirata e um
casal de coelhos) e você com uniforme do trabalho quando o ônibus parava para
manutenção as 2 da manhã e todos desciam em frente a McDonalds. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O café é praxe, ninguém vive ou
fica sem e sempre tem um lugarzinho para conseguir um copo cheio. As Starbucks,
Tim Hortons, McCafè e todas as outras conveniências 24h que também tinham uma
máquina. Os restaurantes Jamaicanos para quando sentir saudade do arroz com
feijão. Os shoppings, os maiores que já vi na vida, cheios de muita magia no
Natal. Pessoas que em 10 minutos de conversa se tornavam amigas sem nenhum
outro interesse por trás.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Lembro até hoje de como conheci a
Sati, uma indiana que estava perdida e pediu informações, eu estava na cidade a
3 semanas, mas tinha meu celular que ainda funcionava. Ela Queria chegar na
Adelaide Street, era caminho após o ônibus ter parado e deixado todo mundo ali em
frente ao McDonalds. Eu resolvi ir a pé até a Liberty Village e acabei a
encontrando, parada ao lado de um prédio. Dalí seguimos juntos, ambos com um
inglês bem raso, mas que conseguíamos nos comunicar. Falamos algumas coisas
sobre nossas vidas fora dali e nos despedimos quando a deixei em casa. Não
trocamos contatos e nunca mais a vi. O fato nem era exatamente esse, mas como a
cidade nos leva a destinos tão diferentes em tão pouco tempo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E o Andrew, sempre me atendia no Brass Taps da Danforth, que cara sensacional, sempre tentava ensinar como pronunciar o nome da cidade da forma correta. "Is not Toron-to, is Turo-nou.", o Evren, que cara mais que sensacional, chegou como refugiado e tinha tanta coisa para dizer, para fazer, para mostrar. Ator, assim como eu, hoje ele tem um canal no Youtube e disse que um dia me contrata. </span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Atravessar a cidade enquanto o
Sol ainda não nasceu e acompanhar o acontecimento sentado no banco do streetcar
é uma experiência tão fantástica quanto propriamente andar de streetcar. Observar
as pessoas em pleno movimento junto da cidade que respira ar quente dos túneis
de metrô, algumas pessoas dormem ali e sempre nos deparamos com elas quando
saímos antes do Sol nascer. As estações Osgood, Christie, Chester, a Broadview...
Woodbine... Bay, Bloor, Union... Sem deixar a Spadina, Eglinton West e pensar
no passeio que é cada vez que se desloca, tudo vira arte, tudo se torna uma
imagem a ser apreciada quando falamos de Toronto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não poderia deixar de falar sobre
a Queens Quay no Harbourfront em seus cais ao longo de toda a orla. Ali
encontramos os patos mais lindos de todo o planeta. Toronto tem vistas ótimas e
como todo lugar, seus centros turísticos, CN Tower, o Aquário, as destilarias e
tantos outros lugares lindos e famosos, mas essa não é a minha Toronto, A Toronto
que conheci é muito mais do que os lugares turísticos, foi uma cidade que me
senti aconchegado, como num abraço. Nunca desde então me senti em casa em nenhum
outro lugar. Um dia voltarei, e desta vez para ficar, nosso adeus, foi apenas
um até breve.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Cya my friend.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;">"The tower, the clock, the streetcar and the fog. All
together in the same time, same way, same street... like the revolution, inside
my hearth while a whisper pass by me, telling about the world and your point of
view. I was scared a little and at least I thought by myself. Here is three
things never stop: The clock, the fog and me."</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: arial;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiB72-5EFMqtmQA-ujhLQb1QtBh08aoSxzE9O63rm7XyZRgvm2YFXFdQUE3Hs6jlR4mXYcIPHy99xDaDHpD1UHmugvoki6NX0rMVaKAwJkUnbytOaMxOGNX1YdOWyYSS1Nk_M__tCKAa9M1iEDdPZzslPxdww_S0Cqp9MTndrfVicvUj9f4dA0WHPu6" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="954" data-original-width="944" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiB72-5EFMqtmQA-ujhLQb1QtBh08aoSxzE9O63rm7XyZRgvm2YFXFdQUE3Hs6jlR4mXYcIPHy99xDaDHpD1UHmugvoki6NX0rMVaKAwJkUnbytOaMxOGNX1YdOWyYSS1Nk_M__tCKAa9M1iEDdPZzslPxdww_S0Cqp9MTndrfVicvUj9f4dA0WHPu6=w395-h400" width="395" /></a></span></div><span style="font-family: arial;"><br /><br /></span><p></p><br /><p></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-56039715837326654792022-03-23T02:24:00.008-03:002022-03-31T01:46:29.122-03:00A Fobia e o Decreto<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E<span style="text-align: justify;">ra mais um dia de sol, com
aquele vento frio que soprava entre as frestas da janela e adentrava os pulmões já dissecados pela química de um cigarro. O trago absorvia o peso dos dias
enquanto arrancava a tosse lá do fundo, até mesmo o agasalho exigia um pouco
mais de conforto àquele que mal vestia, mal cabia, era tanto a se cobrir que o
tecido já não se suportava, as tramas hora fechavam-se e hora abriam, o tecido
respirava e transpirava o álcool que restava naquele corpo que buscava calor e os fantasmas apareciam buscando ajuda onde todas as entrelinhas já estavam tão
expostas quanto a febre.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Arritmia e condensação
precipitavam diante do crepúsculo que se fazia presente por entre as arvores e
torres de energia. As linhas tinham um ponto de inicio e final, o horizonte
calmo e sereno denunciava a tormenta que se avizinhava no meio fio da calçada.
As paredes de tijolos corroídos pelo tempo tinham data indefinida para se
render a erosão e todo o processo de deterioração mundano. Ali se faria um
túmulo onde os insetos mais desavisados seriam definitivamente aniquilados pela
gravidade. Uma explosão na casa das máquinas tratava de um erro humano. O trago
ainda presente assistia ao caos da própria janela, os pássaros assustados se
movimentavam para um lugar seguro longe dali enquanto a dor dos entes queridos
se resumia em gritos e pranto. <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O piano ainda restava diante da
sala do segundo andar já sem acesso após a destruição das escadas. Nas
proximidades ouvia-se as tampas de esgoto batendo em seu anel metálico enquanto
a água turva e barrenta descia a avenida carregando os corpos, carros, animais
mortos e lama. A enxurrada vista do alto do helicóptero que fazia um voo
panorâmico, antes de se chocar com os fios de alta tensão e consequentemente
cair na quadra poliesportiva do complexo escolar, era o semblante do desespero
dos que ali buscavam ajuda. O fogo tomou conta d’onde a água preferiu se eximir
da culpa.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Após um tempo tudo silenciou, a lama
acalmou, o fogo foi se apagando dando origem ao carbono e aos ossos dos que não
puderam voar, o comum destino daqueles que no inferno se instalaram e ao léu se
findaram clamando pela justiça divina. O estrago, o trago, o bêbado e a
lamparina, davam o tom de mais um entardecer lindíssimo no paraíso enquanto as
lanternas se acendiam sob o precipício.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Aqui jaz um cadáver, sem nome, sem
família, sem lar e sem nada, não se sabe se teve seu último desejo atendido ou
se pode fazer sua última refeição. O que se sabe é que a vida toda ele havia
sonhado com este momento, o</span><span style="font-family: arial;"> momento em que se explica o
abrupto som de um trovão.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwfmWis3HjDhaBdTd7fOZeSJoiknSfPfwds1VBRHxXIerZdh_ihOt1fYfe8fO3L6-CEhre3NMdr-8cRXrnHdKBZSt0BciRPmLveY48xv0MnNEPam7IBjXwpXOzHTc1247XOxWcCSE0I0uWC3vKezzhxRBD5q3pdsoKWbpdODkSKJHgev0KmJC5APrZ/s660/Cracol%C3%A2ndia-2017-06-11t124638z_174153769_rc1f58cd6770_rtrmadp_3_brazil-crime.webp" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="330" data-original-width="660" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwfmWis3HjDhaBdTd7fOZeSJoiknSfPfwds1VBRHxXIerZdh_ihOt1fYfe8fO3L6-CEhre3NMdr-8cRXrnHdKBZSt0BciRPmLveY48xv0MnNEPam7IBjXwpXOzHTc1247XOxWcCSE0I0uWC3vKezzhxRBD5q3pdsoKWbpdODkSKJHgev0KmJC5APrZ/w400-h200/Cracol%C3%A2ndia-2017-06-11t124638z_174153769_rc1f58cd6770_rtrmadp_3_brazil-crime.webp" width="400" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span><p></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-88462583309341680332021-11-20T09:57:00.001-03:002021-11-22T09:29:02.602-03:00Carta a Vom - As memórias<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Meu caro Vom, sempre inicio nossas cartas com este prefixo,
já que tantas as vezes nos obrigamos a esquecer. O esquecimento parece uma
ligeira defesa do nosso cérebro para que não guardemos tantas coisas as quais
as vezes não possamos carregar. Como diria um grande amigo em um de seus
desconexos textos: - “Te vejo neste contexto desde sua partida, como alguém que
viaja e não volta, não tive nenhuma opção a não ser aguentar os mundos nas
costas, daquele dia em diante tudo o que eu pude fazer foi suportar e entendo
que suportarei até o momento em que passarei este fardo a outra pessoa que terá
a minha imagem e semelhança, apesar de tuas loucuras, havia uma bondade
infinita dentro deste seu coração, apesar da dureza, havia a compreensão,
apenas sua teimosia me matava aos poucos assim como te matou também.” Sinto,
meu caro Vom, que daí deste lugar pequenino as coisas são vistas com um certo
desleixo, a situação por aqui é precária, ouvi dizer que mais ao oeste pessoas
passam fome, não possuem água nem mesmo para cozinhar seus alimentos tão
escassos que perecem ao desuso. Gostaria também de dizer que talvez seja um
engano taxar as coisas como norte, sul, leste e oeste... Pensando bem, vivemos
em um globo, um geoide, uma esfera, enfim, independente da direção que você percorra,
a chance de retornar ao ponto de partida é muito grande. Levando em consideração
os efeitos que isso poderia causar na malha espaço-tempo e alguns infortúnios
pelo caminho a chance de que tudo retorne ao seu lugar é muito e fatalmente
grande. Não há norte, nem leste, nem sul e nem oeste; O que sempre haverá é a
frente. Quando observamos algo, temos a percepção de que existe profundidade,
mas sempre observamos tudo em 2 dimensões, nossos olhos humanos não são capazes
de perceber 3 dimensões. Pode parecer besteira o que digo, meu caro Vom, mas se
observar daí da sua janela o nosso planeta, verá uma esfera? Verá um círculo,
como uma chancela, como a mesma chancela que estampa o envelope desta carta que
chega até você pelo menos 10 anos atrasada. Sabe que estes são problemas
mundanos nos dias de hoje, a realidade se choca com a ciência e as pessoas simples,
mortais, insistem em querer explicações óbvias demais e optam por acreditar nos
absurdos. Volga hoje acordou resfriado, miou pra lá, olhou para a tigela cheia,
cheirou o leite e pulou na mesa do café, serviu-se de uma xicara, optou por não
colocar açúcar, pediu meu cachimbo emprestado e está lá, admirando a neve na
janela enquanto degusta seu cafezinho e aquele tabaco que colhemos no último verão.
Verão aquele que tenho uma certa saudade, montávamos quebra-cabeças, riamos da
TV, bebíamos um bom vinho. Hoje seria um dia de memórias, mas algumas coisas eu
fiz questão de esquecer, o dia em que você foi embora na capsula Soyuz e
simplesmente ficou sem mandar notícias por anos e anos. As meninas que também
foram embora e as vezes ligam para saber como estamos. Queria dizer que sinto
saudade de casa, mas ao mesmo tempo um grande amigo das terras altas dizia “Bidh
an dachaigh agad far a bheil do chridhe” – “Sua casa será onde o seu coração
estiver” – Logo, vejo que não tenho uma casa, já que todos se foram, restou o
Volga, ele que as vezes passa pela sala com seus miados contundentes de que
guardou muita mágoa de todos vocês, esses dias ele disse em alto e bom som que
vai embora daqui, que as malas já estavam prontas, ele só precisava de um plano
para levar a nossa vaca com ele para garantir o estoque de leite para o
inverno. No mais, ano que vem dizem que o tempo melhora, só não sei para quem e
por que insistem em prever o futuro, o tempo, o clima. Os seres humanos são
seres fascinantes até certa idade, são irritantes quando descobrem que aos
gritos se consegue qualquer coisa, são ainda mais irritantes quando entendem
que chorar demonstra fraqueza dentro de si e desperta cuidados nos que estão ao
redor. Então, meu caro Vom, entendemos que este fascínio também é perecível e
que nós acabamos nos esquecendo muito facilmente do que nos encantou para
manter uma chama acesa. Quando fecho os olhos meu irmão, vejo o caminho sem
volta que nos enfiamos e que precisamos resolver, penso na veracidade de minhas
memórias, cada vez mais obtusas, lembro-me de como éramos felizes brincando na neve,
aquele balanço feito pelo caseiro para que nós pudéssemos balançar até tocar o
céu. O velho carvalho, os moinhos, o vento que soprava pelas frestas do celeiro,
os animais que se abrigavam do frio e se escondiam dos lobos que vez ou outra
tentavam a sobrevivência. A vida nunca foi fácil, mas nunca foi tão divertida,
não é mesmo meu irmão? As vezes me pego olhando nossos retratos na parede da
cozinha enquanto paro para pensar na vida, sento-me no balcão e passo alguns
minutos observando a brasa do fogão e lembro do dia que balançamos tanto que
você chegou a tocar o céu, as brasas do fogão se tornaram as labaredas do
foguete. É, meu caro Vom, as coisas nem sempre são como deveriam ser, ou as
vezes são, depende do ponto de vista no qual nos encaixamos. Eu gostaria de
falar muitas outras coisas, mas caíram no esquecimento. Fique bem meu amigo,
meu irmão, meu companheiro. Volga foi brincar lá fora.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">“Até mesmo os lobos que cruzam o branco deserto enevoado
podem por a vida em risco se não fosse o instinto. Observar não compreende em
apenas observar de forma propriamente dita, mas se faz necessário entender que
nem tudo pode ser escolhido, um impulso de olhar para um lado e não para o
outro, esta deliberação automática e instintiva nos faz compreender e observar
sempre a metade de um dia.” </span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: arial;">Faber Krystie McDonnadan</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUXczD1hvrN9Noz5TCmgll_I6e3T-8Vl_voxo5Pc1j1y9-xqwByroTebxmoHkNACvDGU7OnqSE74tEpgF_p-2MtTOA4bqEOKvzfOR4Y1qj4L4p0y-_u2PEteC5amA5LT_iCgPm-lwjx9M/s1113/forno-a-lenha-1537629425368_v2_4x3.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="835" data-original-width="1113" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUXczD1hvrN9Noz5TCmgll_I6e3T-8Vl_voxo5Pc1j1y9-xqwByroTebxmoHkNACvDGU7OnqSE74tEpgF_p-2MtTOA4bqEOKvzfOR4Y1qj4L4p0y-_u2PEteC5amA5LT_iCgPm-lwjx9M/w400-h300/forno-a-lenha-1537629425368_v2_4x3.jpg" width="400" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span><p></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-3221748131991393112021-10-22T09:07:00.003-03:002021-10-22T09:07:37.110-03:00A Pólis e Apolo - Um manifesto<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Somos fortes, somos individuais e prezamos apenas pela nossa sobrevivência, sobrevivência essa de um conceito falso, já que a maior parte de nós ainda vive com os pais e não tem a necessidade de pagar aluguel e contas básicas como alimentação, transporte e vestimentas. Alguns de nós tem seus empregos, são até bem-sucedidos, mas jamais escapam da sombra dos pais, estes que com o auge dos 40, 50 ou 60 anos ainda provém o sustento de uma família. O dinheiro falta, não temos controle financeiro, não precisamos dele, somos nós que mandamos no nosso dinheiro e compramos o que queremos, gastamos tudo com o que nos convém. Sejam bebidas alcoólicas, roupas de grife, sapatos, tabaco, drogas ilícitas e afins. Muitos de nós possuem pequenos fetiches por coisas ditas de nerd, ou então o termo nerd foi adquirido por alguns de nós que se autodenominam nerds, que fazem parte da cultura nerd, da cultura gamer, da cultura de algo tecnológico. Amamos livros que talvez nunca leiamos, ou somos escritores de um mundo que não consome a nossa escrita, somos seres viventes de mundos duais, nossos álter-egos sobrevivem virtualmente em lugares onde postamos fotos com filtros, apreciamos um mundo não palpável que serve de alicerce à depressão de uma geração toda. A confusão mental que se avizinha a passos largos se transforma logo em músicas de letras vazias, riffs rápidos, flows contínuos e strings de curto alcance. Somos aqueles que nunca foram a uma guerra, que nunca ouviram um tiro de canhão disparado por um tanque ou ainda mais, nunca vimos o próprio tanque explodindo após uma descarga de bombas vindas do céu através de um avião e não estamos nem um pouco preocupados com isso. Queremos a paz. Queremos que o mundo seja tão belo quando as fotos que vemos no Pinterest. A guerra é interna, lutamos contra nós mesmos, dentro de nossas cabeças. Sentimentalmente somos carentes de afeto ou simplesmente ignoramos este fato nos escondendo nas sombras de um sorriso semicerrado pela bebedeira ou efeito de algo. Passamos a semana esperando pela sexta-feira, ansiamos pelo sábado e morremos novamente no domingo. Somos a escória, somos os ladrões, somos os reclusos, somos os culpados pela sociedade marginal, pois, por incrível que pareça, nós mesmos éramos os marginais e hoje somos os que consomem o mundo, somos a mão de obra e amanhã, se ele chegar, seremos os detentores do dinheiro, teremos nossas contas, mas não teremos nossas casas. No nosso mundo não há divisas, não há fronteiras, seja ele virtual ou real, temos uma capacidade de mutação e adaptação tão grande, que isso nos liberta das algemas do pertencimento mútuo da terra. Somos o próprio vento, que sopra pelo vão e traz o frescor da manhã de mais um dia. Este que sempre será a dúvida, o amanhã virá? Isso significa que cada dia é único e que todos os dias podem ser os últimos mas, isso não significa que não devemos acreditar em um mundo melhor. Somos os seres decadentes do século presente, vivemos em busca de algo que não sabemos o que é, de onde vem e para onde vai. Temos ciência apenas do quanto custa e alguns nem isso, estes nasceram em berço de ouro e não precisarão se preocupar com nada a vida toda. Haverá talvez a necessidade de adquirir uma boa educação para que se perpetue a sua própria espécie, estes são os ditos comuns que em geral repetem sempre o mesmo ciclo - nascimento, aprendizado, trabalho, procriação e morte. - Dentro destas fases existem os sentimentos afetuosos que o mantem nesta linha rumo ao infinito ciclo de perpetuação da espécie dentre o sistema no qual somos apresentados. É mister de como o planeta sustentará toda uma geração de pessoas que no final das contas não conseguirão sustentar o próprio sistema. Este entrará em colapso e cairá em desuso como uma bituca de cigarro ou como uma resistência de um dispositivo de vapor. A tecnologia vencerá, o ser humano perecerá em doses homeopáticas restando accounts, characters, e-mails, IDs e skins. Somos os virtuais, os eternos, os binários, não-binários, os sem gênero e os generais. A nossa guerra, mais uma vez, é contra nós mesmos. O futuro não é o agora e ele talvez nem exista neste lapso temporal causado pela própria inercia constante em nossos corações.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6Ng5eqV93bhbVAuCKJhIikMv26-TBLgNEhOSfasjsPzti4XDimuJglyYuwla4ZyWdWgFeyhii2CmUkZZmpQdNsHYA_Y0izvqErAIQGv3qzVuugZXR_rPL09o4rBEECQCgQcrBsP7x20o/s1024/temis-conheca-a-lenda-da-deusa-da-justica-na-mitologia-grega-1024x576.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="576" data-original-width="1024" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6Ng5eqV93bhbVAuCKJhIikMv26-TBLgNEhOSfasjsPzti4XDimuJglyYuwla4ZyWdWgFeyhii2CmUkZZmpQdNsHYA_Y0izvqErAIQGv3qzVuugZXR_rPL09o4rBEECQCgQcrBsP7x20o/w400-h225/temis-conheca-a-lenda-da-deusa-da-justica-na-mitologia-grega-1024x576.jpeg" width="400" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-89452076076275593642021-09-01T08:30:00.002-03:002021-09-01T08:30:38.624-03:00Drogas, conteúdo sexual e linguagem imprópria<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A casa estava cercada, era noite, quase dia, na linha do horizonte o Sol se erguia entre as plantas mais altas. Fizera frio na madrugada, o que também era um fator de dificuldade para os que estavam ali aguardando a abertura das portas já que um nevoeiro tomava conta dos arredores. O sentimento de solidão unido ao cansaço do trabalho apenas reiterava aquele nevoeiro que insistia em tomar conta da área externa, do telhado e passar também pelas frestas da janela e das portas. Tudo estava gelado e o fogo da lareira sem alimento sobrevivia em uma brasa, pequena, cintilante com um brilho calmo, digno de algo que esteve ali a noite inteira e necessitava-se findar. As poltronas velhas rebatiam o ar frio que entrava pelas frestas e até os animais que por hora se aqueciam em suas posições, estavam procurando uma saída, mas não havia movimento naquele lugar. A névoa permanecia intacta como se fosse uma entidade maior, como se fosse algo consciente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não havia ninguém em casa, não havia calor, nem fogo e muito menos luz. No limiar de uma existência, um cachimbo deixado ali há décadas, o fumo dentro dele já sofrera com a erosão e deterioração orgânica. As escadas, o teto, o abismo. Dentro de cada fibra da madeira que compunha aquela cabana existia uma história diferente e desde a muito tempo nada mais acontecia. Quando por um momento a porta abriu, uma fresta, todos ali ouviram o ranger das dobradiças enferrujadas e pelo movimento do trinco que estava emperrado a tanto tempo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O caçador por sua vez acordava observava a névoa que cercava seu sítio, observava que todos tinham ido embora e ainda assim as memórias estavam guardadas em cada fibra da madeira de sua cabana. Não havia luz suficiente, não havia calor suficiente, não havia trinco, nem porta, a névoa que entrava pelas frestas estava ali por um motivo. A arma que atirava pela última vez encerrava um ciclo e delimitava ali sua dor, seu arrependimento. Seres sem rosto e nem roupas caminhavam em direção a entrada buscando abrigo, os animais que compunham a cena por hora estavam empalhados, surgiam em busca de suas cabeças. Os homens e mulheres aguardavam ali como quem aguarda em uma estação. Estavam sem bagagem, apenas aguardavam errantes pelo momento de cruzar os trilhos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Naquele momento o céu abriu e a névoa se foi.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLt31pGn8mm1stVPULuL2S5kRk6b6sasC96SYa5qSltbOG7NMehFczqnZmTG2N6QbtpOZTRDFiaPimhy4Nu1_GmcPkOpOcKtR6dxsr0HnUcbJLbKCUZoJWs8sT0id34ttY55gk9rQ698Y/" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="" data-original-height="556" data-original-width="856" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLt31pGn8mm1stVPULuL2S5kRk6b6sasC96SYa5qSltbOG7NMehFczqnZmTG2N6QbtpOZTRDFiaPimhy4Nu1_GmcPkOpOcKtR6dxsr0HnUcbJLbKCUZoJWs8sT0id34ttY55gk9rQ698Y/" width="320" /></a></div><br /><br /></span></div>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-65897460073829108482021-02-18T18:24:00.003-03:002021-02-18T18:24:24.152-03:00O Juízo<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os gritos de socorro que se ouvia ao longe entre os cânions
repletos de areia e solidão a lua pairava no ar como se flutuasse entre o
túmulo e a grama verde que cobria o cemitério no qual se instalavam os bunkers
nos quais muitos se salvavam.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Salvação era a ideia primordial antes que
qualquer coisa se chocasse com a realidade mórbida dos alienígenas que
visitavam constantemente o planeta. Estes tinham uma certa resiliência a aterrissar
suas naves e se deparar com a hostilidade que poderia ocorrer em um lugar onde
misseis apontavam para os iguais. Era de fato complexo compreender o porque
daquela destruição. Por vezes clamavam por soberania e outras vezes clamavam
por misericórdia, a questão era o entendimento entre ambos que já não falavam a
mesma língua ou até mesmo não se interessavam em compreender o que sentia cada
um.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O tumulo estava vazio, era apenas uma ideia que a cada pá de terra que se
colocava ali se tornava também o fim de qualquer chance de paz. O tumulo significava
o fim, ou talvez o reinicio de algo que se via incrivelmente obsoleto. Na
verdade, enterrar pessoas também fazia com que o próprio solo se tornasse algo
tóxico que contaminava os recursos naturais nos quais se nutriam os seres
humanos. Algo que não se entendia era exatamente o porque os seres não tinham a
ideia de que modificavam os meios que se instalavam com suas palavras e ideais.
O desentendimento tornava tudo mais obscuro quando as ações não condiziam com
as metas de vida, tudo era para o presente e tudo se fazia obsoleto com o
passar do tempo. O egoísmo humano se tornava a produção mais tóxica que os
próprios corpos enterrados.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Claro que alguns diziam também que a matéria orgânica
nutria o solo e fazia com que ele se tornasse melhor, não estavam tão errados,
mas, até que ponto realizariam plantios em solos ditos sagrados ou mesmo que
tudo aquilo fosse pelos ares não seria uma boa sacada manter tudo como estava.
O silencio fúnebre era cortado pela liberdade na qual o mesmo espirito que
cobrava caro pela estadia também falava sobre como se ofertar o próprio desdém.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Eram espíritos errantes, quase que em um jogo de batalha naval onde qualquer
passo se tornaria o motivo para a explosão. Durma bem, meu anjo, ninguém ali
afinal gostaria de dormir sozinho, muito pelo contrário, seria até mais seguro
que as idas e vindas das rotações do pequeno planeta azul fossem mais lentas e
nas quais a vida seria menos incompleta se não fosse a resiliência extraterrestre.
A humanidade estava em colapso e não seria inteligente provar-se existente no
mundo que seguia a deriva e numa de suas entradas o meio humano era protegido
por uma densa camada chamada atmosfera, mas, afinal, estávamos protegidos ou
presos?</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Nos é mais interessante pensar que estamos sozinhos ou mais tenebroso
arriscar um palpite que estamos acompanhados nesta jornada clássica de uma nave
que atravessa os tempos em busca de um lugar seguro para a espécie? </span><span style="font-family: arial;">A vida será perpetuada, desde que o ser humano não se
deteriore e não se coloque a prova de vida pois, a cada segundo vivido, notamos
que a vida se vai e que muitas vezes o piscar de olhos astronômico sejam vidas inteiras dos seres que sobrevivem no planeta azul.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A questão maior que ainda paira
no ar como um beija-flor, por que estamos aqui e qual o propósito? Se a vida é
tão curta e se vivemos no meio-fio todos os dias em busca de sobrevivência,
por que fazemos tudo tão mais difícil? Mais uma vez sugere-se o egoísmo dos
universos que convivem, cada um luta pela própria sobrevivência da forma que
pode e no fim de tudo nunca deixamos de poluir.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os anos se passam e nós apenas nos reinventamos. Maquinas,
plantas, pulso, agonia, sentimentos, psique, jogos e feridas. Cada um nesta
vida, dá o que pode e o que tem, mas nem todos se esforçam para manter a
sanidade mental alheia, o metal, o conforto, a densidade da camada atmosférica,
estes são inigualáveis pontos a se pensar todos os dias se realmente são necessários.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_9a6AAWJ9sAZdMayRuMfc70XQMQMDxwQ11zBxvGoCu6Xyq6aWXZs8wFjTmnn3rZrzkJyuwc9JjIfR7a-wieDbN99TAQCDVeYz0okSDe3pffqyWzEqoTzFc8QiSYFJRujdMjKRttNzHsc/s635/Capturar.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="329" data-original-width="635" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_9a6AAWJ9sAZdMayRuMfc70XQMQMDxwQ11zBxvGoCu6Xyq6aWXZs8wFjTmnn3rZrzkJyuwc9JjIfR7a-wieDbN99TAQCDVeYz0okSDe3pffqyWzEqoTzFc8QiSYFJRujdMjKRttNzHsc/w400-h208/Capturar.PNG" width="400" /></a></div><br /><p style="text-align: justify;"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><o:p></o:p></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-2358787531192854782020-12-31T14:43:00.003-03:002020-12-31T14:43:53.184-03:00Hljómalind (trilha sonora)<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> A iluminação sob as velas e os fogos que ela mesma acendeu
enquanto acendia também um cigarro antes de sua apresentação, seus olhos
vidrados, roupas surradas, dedos esguios e um piano velho. No palco também
empoeirado um vento batia por conta da porta do camarim que ficou aberta, na
verdade ela não se fechava a anos devido a ferrugem que tomava suas dobradiças
e ferrolhos, a necessidade de renovação era imprescindível naquele momento, porém,
não se tinha notícias do mundo externo.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A humanidade daquele dia em diante não sabia mais como se
encontrar e não falamos de abraços e extensos diálogos, falamos de saber a
atual situação e esta era um pouco mais complexa pensando do ponto de vista
técnico em 59 milhões de anos-luz onde uma estrela ainda brilhava, longe, inalcançável,
bela e branca. Era a visão da pianista que olhando por uma fresta do telhado
que se rompeu na ultima tempestade, a esperança estava ali, naquela fresta
rompida pela água que se transformou em mofo no chão de carpete que um dia já
foi um apoio aos pés de pessoas muito felizes e importantes. A esperança estava
ali, a 59 milhões de anos-luz, longe, inalcançável, mas, estava ali, bem na
fresta, em seu olhar turvo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Encerrando seu ato, apagando o cigarro e com a boca seca,
ainda sentada na banqueta que a aproximava mais das teclas, entre tantos pensamentos
possíveis, ela só poderia arriscar o palpite de que o Sol retornaria no dia seguinte,
trazendo uma nova esperança, bem mais próxima, mas mesmo assim, pouco palpável.
Ele traria um novo dia e ao mesmo tempo ofuscaria também as outras tantas
esperanças. Lembro-me do piano decadente, da pianista que derramava lágrimas
sobre as teclas enquanto executava um réquiem para uma plateia morta. Dali saíram
as notas de um lamento no qual não havia ninguém para ouvir a não ser suas próprias
entranhas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Nota por nota, movimento por movimento, páginas e páginas.
Tudo se tornava cada vez mais dramático quando em um movimento brusco a batuta
caíra em plena execução tornando o prazer sensorial em medo e angustia ao
perceber que não havia um maestro e muito menos a orquestra. Ela estava só. Não
havia palco, piano e nem pianista.</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnep_mpq6pwYVnyNwrjG-T8eLksk3dHwDk6UkXODz1JyMZ-p7wh5zh2bPXSvObz9nkowiiFqwR22OvQRkucyjMxC61dkE42GAnG_HjP83yJ8tJ5xwQjUpveowKyWC9w_15yL8ibi4QK5Q/s640/piano2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="427" data-original-width="640" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnep_mpq6pwYVnyNwrjG-T8eLksk3dHwDk6UkXODz1JyMZ-p7wh5zh2bPXSvObz9nkowiiFqwR22OvQRkucyjMxC61dkE42GAnG_HjP83yJ8tJ5xwQjUpveowKyWC9w_15yL8ibi4QK5Q/w400-h268/piano2.jpg" width="400" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><br /></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-90656970762744951672020-11-28T18:33:00.002-03:002020-11-28T18:33:16.000-03:00O sonho se foi - por Vom<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Meu caro Fiodor, hoje me encontrei no limbo, hoje ao
despertar percebi as horas e percebi que o tempo correu rápido demais. Quando
notei já tinha passado meu aniversário e assim que levantei percebi que já se
foram 3 séculos e 6 décadas. Isso me faz parar para pensar na relatividade. Encontrei
um pouco de paz na realidade aumentada das versões Deus x Maquina de uma vida
completamente invadida por soldados em missão de paz. Sabemos o quanto é
necessário saber que a paz existe, desde que também saibamos como controlar a
soberania e pegar em armas se for necessário. Sei que daqui da terra não temos
muitas formas e garantias, mas ao mesmo tempo sabemos dos limites dos quais a
vida se classifica, se eterniza e se mantém em pleno ciclo. Quanto mais se
evolui mais próximo do precipício nos vemos e cada vez que o mundo se aproxima
do final. Os seres humanos acreditam em coisas que as vezes parecem tão
sórdidas e mentirosas, parecem na verdade bem perdidos, tristes, sem
perspectiva. Eles tem razão, eles sabem que o fim se aproxima e que é extremamente
difícil pensar que todos um dia se vão, menos nós meu caro Fiodor. Nós
estaremos sempre em algum lugar, errantes, e, por mais que nesta estação
espacial não tenha hoje nem mais oxigênio e as capsulas de hibernação já
estejam por um fio, a cada 20 ou 30 anos terrestres elas despertam para que o
corpo não entre em colapso, me sinto como se não houvesse mais estação, nem
caverna, nem mares, nuvens ou qualquer coisa palpável com uma saída.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É admirável e intenso como hoje vi uma nebulosa. Ela se
parecia com uma borboleta. Me diga meu irmão, estes animais ainda existem?
Tenho medo as vezes de perguntar as coisas, as respostas podem ser devastadoras
ou de fato nem chegarem a tempo. Talvez seja este mesmo o problema, o tempo.
Este é marcado, mas é falho, é implacável e quase sempre é triste. Quando vejo
algo muito brilhante no céu já penso em esperança, já imagino que vão me tirar
daqui, mas quase sempre são apenas destroços de naves espaciais ou cometas ao
longe que se espatifam na atmosfera terrestre. Ontem, de longe, Vênus deu o ar da
graça e me fez pensar que a esperança apesar de longe, pode ser ainda algo a se
agarrar. Hoje tomei consciência de que mesmo a deriva, estamos sempre em
movimento e este sempre será o mote para a realidade e o movimento, este é instantâneo.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Voltando ao limbo, este era apenas uma realidade que se foi
ao abrir os olhos. Ele foi real e ao mesmo tempo foi imaginário, de um lado o preto
do universo cravado de estrelas e do outro a câmara de hibernação de tampo
aberto e a sirene que insiste em tocar acusando a troca mais que urgente dos
cilindros de oxigênio e água. Os remédios acabaram também, os alimentos já estão
em racionamento. As sirenes tocam e a relatividade me choca com o céu e o
inferno diário, e neste momento nem mesmo o céu significa paz. Este hoje me
garantiu que Deus está morto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">“Libertar-se da mentira nunca quer dizer que a verdade foi
posta as claras. Significa que talvez o inferno chegou mais cedo que o
esperado. Os significados de <i>chiaroscuro</i> são tão amplos quanto uma pintura de Rembrandt
em meio ao mundo no qual vivemos e isto sim é tão amplo. A cada palavra que
descreve o todo, ele se amplia, por isso a libertação é algo extremamente duro.
Em verdade, a própria verdade pode ser também o encontro com seu próprio
tumulo.”</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: arial;">Faber Krystie McDonnadan</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1dNgFkq_9wnvePNU-0oJAz-bAdN_4xSm3srJ1yYgMflHpdHBdmNWmK3TyrBwQYjBxcwL15fUmCmTL_rgk3qqB7F0XMpWZxEVUX66-BdHEYclkd90VygXPYTFCzBaftDDUKLBYIJh7-xs/s1920/simulated_bh.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1dNgFkq_9wnvePNU-0oJAz-bAdN_4xSm3srJ1yYgMflHpdHBdmNWmK3TyrBwQYjBxcwL15fUmCmTL_rgk3qqB7F0XMpWZxEVUX66-BdHEYclkd90VygXPYTFCzBaftDDUKLBYIJh7-xs/w400-h225/simulated_bh.jpg" width="400" /></a></div><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><br /></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-11571409902980287222020-09-26T19:09:00.002-03:002020-09-26T19:09:48.339-03:00Os anjos<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Hoje fez 1 ano.</span></p><p class="MsoNormal"><span style="font-family: arial;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Aquele copo quebrado que flutua nas marolas de um fluente
rio de lodo trouxe uma complicada composição de um fado de esperança e dor.
Observar os fractais que estilhaçam a luz em multicores também nos eleva a
condição pensante, precisamente, em um cemitério de águas vivas que já não mais
fluem ou nadam pela veia d’água. O sono se desfaz, o sonho deu lugar ao
desequilíbrio de um pesadelo em que por algumas vezes se fazia no breu. Ao
arriscar contato telepático em outros lugares, deu-se espaço ao mais temido dos
deuses, Cronos, deus do tempo, aquele que tudo devora. Olhar para trás não é
saudável e olhar pra frente não é aconselhável. A tentação de experimentar o
presente se torna a única saída e a única forma de se conseguir um melhor olhar
sobre as coisas.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O vento que determina a velocidade e a direção das
bandeirolas, é o mesmo que hoje não sopra mais em seus pulmões. A vida tirou você
daqui e o vento levou você pra onde eu não posso ver. Enquanto isso, os corais
se mantêm intactos, inertes, mortos e o veleiro continua a deriva, como sempre
esteve.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Me sinto num cais, como quem parte. Olhando o mar, como quem
fica.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: arial;">"Somos todos escravos e reféns de nossos atos. O mundo continuará girando e a garrafa de whisky estará sempre no fim, você pode deitar-se e perder horas de vida, você pode embriagar-se e justificar suas escolhas e você pode simplesmente ser alguém melhor todos os dias. O tempo, este sim é o pior dos monstros, ele dá, ele tira, não haverá trégua ou misericórdia."</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: arial;">Faber Krystie McDonnadan</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: right;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0FUa032xzeDahFsiRI57rtRYwLDB94P27aBha2Yc3F_CuqzlWxSI2yYp3LVcQMbFBv5wud5MMPv27A0hTmXdVetTZhcgE1L6tL6aX1xJbazBELQCeCGkH-ly-651U2Keaxc5fHb1Cpmc/s491/Capturar.PNG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="322" data-original-width="491" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg0FUa032xzeDahFsiRI57rtRYwLDB94P27aBha2Yc3F_CuqzlWxSI2yYp3LVcQMbFBv5wud5MMPv27A0hTmXdVetTZhcgE1L6tL6aX1xJbazBELQCeCGkH-ly-651U2Keaxc5fHb1Cpmc/s320/Capturar.PNG" width="320" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span><p></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-26052123420700495832020-08-28T18:46:00.003-03:002020-08-28T18:46:49.712-03:00O avesso<p><span style="font-family: arial;">As vezes é como se o peso do mundo estivesse em minhas costas, como se tudo o que carrego em mim fizesse sentido apenas em um momento final. As vezes me pego de surpresa pensando em por fim em tudo isso e as coisas se resolvem de forma clara. Eu e o velho espelho d'água nos encontramos, o gosto amargo dura mais do que deveria e tudo aquilo ainda sem sentido persevera em um momento audaz, vicioso, incompleto e terminal. É como se o peso do mundo estivesse em apenas um grão, em uma sentelha que persiste em alimentar o fogo.</span></p><p><span style="font-family: arial;">É uma esperança morta. Uma esperança triste, a tristeza da espera, o caos de um lugar que nunca pertenci. O criador versus a criatura. A máquina que não para, trabalha e sem vida continua a trabalhar. É o hostil, o horário, a sirene de um alarme que toca a noite inteira e te faz acordar no meio da noite.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Um momento de paz que só existe por alguns segundos antes da explosão nuclear. É o sem-tempo, sem-teto, sem-música, semi-riso frouxo incômodo durante a prece e presença imortal. É o trauma da cabeça contra o chão, do ônibus que nunca chega, do metrô vazio, das luzes que ao longe vem chegando e se vão. O barulho industrial, a canção que já não existe, a poesia que morre junto aos vitrais de uma catedral após o atentado.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Sempre existiu uma carne insensível, putrefada entre os vermes e abutres na</span><span style="font-family: arial;"> estrada. Os carros passam e se vão, o Sol já deu lugar a noite e o dia se foi para nunca mais voltar. O coringa</span><span style="font-family: arial;"> se desfaz aos poucos, se torna um alfinete no meio do palheiro e dá lugar a dor e ao descaso.</span></p><p><span style="font-family: arial;">Daqui da ISS, vejo o mundo escapando por entre os dedos de um pianista em uma cancioneta errônea, inominada e decadente. No sonho a escuridão das estrelas da lugar ao sentimento de queda e ao incômodo de bater com o corpo no colchão de terra batida, lama e poeira.</span></p><p><span style="font-family: arial;">De volta ao espelho d'água, este agora turvo, como um castelo de cartas que, em câmera lenta, se dissipa junto ao realejo e suas notas dissonantes por extinto, extintas.</span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh34UzpRhRIGSHqZa0QWD4tydqybmTiFEyefhCpg26TXB4hjVNL2ufZ26VSoBcJuSYza9wgISyQInl-RQid29OKPs3O-_6Po7wcfalFy187TswbyO0OqLbuSp7LHr6Hp7v-8aT_sHRXP_4/s960/8714c52a9cdae94cc3e8d5044e711eb8.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="640" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh34UzpRhRIGSHqZa0QWD4tydqybmTiFEyefhCpg26TXB4hjVNL2ufZ26VSoBcJuSYza9wgISyQInl-RQid29OKPs3O-_6Po7wcfalFy187TswbyO0OqLbuSp7LHr6Hp7v-8aT_sHRXP_4/w214-h320/8714c52a9cdae94cc3e8d5044e711eb8.jpg" width="214" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span><p></p>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-7802624328563955472020-08-21T09:07:00.000-03:002020-08-21T09:07:00.442-03:00Credêncio<div style="text-align: justify;"><div style="font-family: arial;">Sob a ótica intrínseca de um sonho atravessando o meio-fio como um pêndulo que rompe a barreira do ar e nos leva a crer que a gravidade não existe. O mundo deixa de ser um local hostil quando adormecemos, ele é reconfortante, ele nos traz um espectro similar, o meio-fio entre a realidade e o irreal no limiar da consciência.</div><div style="font-family: arial; text-align: right;">Faber Krystie McDonnadan</div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Ao deitar-se limitou-se ao silêncio, cabeça encostada no travesseiro, de lado, como se estivesse apenas imaginando o dia seguinte, todos fazem isso, o mundo nos fez assim, programamos o dia seguinte sempre. Pensamos nesta forma robótica como se tivéssemos a plena certeza de que ao encostar a cabeça no travesseiro o dia seguinte apareceria logo ao abrir os olhos. O dia seguinte, uma nova chance, um novo acalanto, uma nova promessa, um novo abismo, uma nova tortura, uma nova possibilidade, ou se pudermos também chamar tudo isso de os mesmos substituindo as palavras, as mesmas chances, os mesmos acalantos, as mesmas promessas, o mesmo abismo, a mesma tortura, a mesma possibilidade. Enfim, qual a distinção trazemos ao nosso interior quando nos deparamos com o dia seguinte, com a semana seguinte, com o mês e o ano seguintes. O marasmo é algo intrínseco, assim como as vozes que parecem ao longe conversar sobre algo que nunca entendemos bem, a não ser que elas falem bem aos nossos ouvidos, nos causando desconforto enquanto estamos paralisados em nosso sono (não mais) profundo.</span></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um rádio ligado noticiando as manchetes em plena madrugada, uma conversa, a TV que permanece ligada, os fantasmas que pairam acima de nossas cabeças, o terminal rodoviário que o corredor se transforma se a porta permanecer aberta e assim partimos da premissa de que o que os olhos não veem o coração não sente, e, quando sentiu? Quando os esqueletos e fantasmas foram realmente um problema? Quando a loucura esteve presente e quais as causas dessa esquizofrenia particular, branda e pontual? Quando isso tudo causou pavor? Quando tudo isso não fez sentido? Apenas o tato se valida entre os vitrais frágeis da segurança pessoal?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Não falo de experiências extrassensoriais, quando ouvimos ou vemos, os sentidos são muito bem usados e o fato de que ninguém mais ouviu ou viu não quer dizer que estás louco, mas, apenas você foi capaz de ouvir e ver e esta é uma dádiva.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Talvez seja necessário encontrar o próprio eixo dentro de tantos eixos possíveis levando em consideração que o ser humano hoje pensa apenas em 4 eixos sendo o último ainda um mistério. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Ao compreender os sonhos, muitas vezes como forma de alertas ou bons presságios, compreendemos também que a nossa mente é mais poderosa do que pensamos. Assim como também nos prega peças ao nos alertar muitas vezes de coisas sem sentido. O fato é que somos um corpo, guiado por um cérebro, que precisa do corpo para sobreviver e afinal, o que somos?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Somos mente, somos inteligência, somos algo inexplicavelmente fantástico. Somos o que podemos chamar de mistério. Não somos o ar, nem mesmo o pêndulo, somos o próprio meio-fio. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os sonhos nos levam a realidades diferentes e quando compreendemos que aquilo foi apenas um filme que passou pela nossa cabeça nos tira a credibilidade de tudo aquilo ter de fato ocorrido, retornando de que apenas o tato se torna uma prova segura sobre a realidade. Afinal, o que você respira agora, é mesmo ar?</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A proposta é assimilar, pensar sobre o poder que temos em divagar por aí e nos libertar muitas vezes das amarras que nos prendem ao chão.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">"Eu sonho que estou aqui</span></div><span style="font-family: arial;"><div style="text-align: justify;">de correntes carregado</div><div style="text-align: justify;">e sonhei que em outro estado</div><div style="text-align: justify;">mais lisonjeiro me vi.</div><div style="text-align: justify;">Que é a vida? Um frenesi.</div><div style="text-align: justify;">Que é a vida? Uma ilusão,</div><div style="text-align: justify;">uma sombra, uma ficção;</div><div style="text-align: justify;">o maior bem é tristonho,</div><div style="text-align: justify;">porque toda a vida é sonho</div><div style="text-align: justify;">e os sonhos, sonhos são."</div><div style="text-align: justify;">- Vida é sonho; Calderon de la Barca -</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM8om6NCM-qHv5Ij8rWM6MHaVEd8Ty-Q1pMqAiM793mmdVRjs3Af_EnH9LhLr5o2VLiRfP2k1ztJE7X2ZYsKs-3632jE7nFJd03pIetXKpitxUEqe7fWzyS780YAGHbPErNBErHWX3Uog/s1024/bbv.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="1024" height="410" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhM8om6NCM-qHv5Ij8rWM6MHaVEd8Ty-Q1pMqAiM793mmdVRjs3Af_EnH9LhLr5o2VLiRfP2k1ztJE7X2ZYsKs-3632jE7nFJd03pIetXKpitxUEqe7fWzyS780YAGHbPErNBErHWX3Uog/w410-h410/bbv.png" width="410" /></a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span></div>Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-915159914250712832020-07-19T09:12:00.001-03:002020-07-19T09:12:08.079-03:00Stalker Soul<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em um momento de reflexão, percebeu que o mundo estava em
colapso. Os braços respondiam em conjunto as pernas que apenas realizavam seus
movimentos limitados e arriscar o primeiro passo foi o momento em que tudo fez
sentido. O colapso era interno, o mundo era interno, o espirito era interno, o
pescoço dolorido apenas sinalizava que algo estava errado e virar a cabeça para
a direita não era uma escolha naquele momento mas, com um pouco de jeito era
possível arrematar o corpo e fazer com que a direção se tornasse um norte.
Confuso pela pressão em seu crânio que se esvaía pelas narinas ainda intactas,
assumiu uma forma robótica a qual não escolheu, mas a imposição foi necessária
para adquirir a longevidade.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A leve brisa que o vento concedia enquanto o trem
passava pelos trilhos de superfície era compreendida ao deitar-se após o
tombo. O céu nublado, as aves que fugiam para seus ninhos esperando o temporal
pareciam bem assustadas, temiam a água, as gotas, os trovões e sabiam que era
necessário para a perpetuação da espécie, para a criação de mais alimento e até
mesmo do próprio abrigo para as gerações futuras. Toda a tragédia que caía
sobre o mundo era de fato uma benção ao mesmo tempo. O silencio era a melhor
forma de compreender os momentos nos quais aquilo fazia sentido, compreender
que o que chamamos de mundo automaticamente se transforma em realidade e os
pensamentos são condicionados a se tornarem a realidade e esta entra no senso
comum tornando-se verdade absoluta mas, o que é verdade, realidade, pensamento,
condição, sentido...? Entender que a vida é um lapso em constante transformação
e que a eternidade é um fardo que cabe somente a si, faria entender que não
estava sozinho e que nunca estaria em um lugar só. Enquanto tudo não passava de
uma armadura pesada demais que carregava. Alimentava o corpo e subjugava a
mente. Sucumbindo a o que o fazia cada vez mais podre, pobre e sem esperança.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Com o passar do tempo os movimentos melhoraram, os
pensamentos foram esquecidos, o passado ficou onde deveria ficar. Ao aquecer-se
com seus fluídos e observar pelos novos olhos que acabara que implantar, agora
com visão raio-X e infravermelho, não precisou de muito para compreender que
onde se situava seria de fato o mundo que viveria o resto de sua vida,
compreendia que dali para a frente o mundo seria menos hostil e não porque os
seres se tornaram menos boçais mas, porque tinha se tornado mais feliz, mais
sábio, mais resistente e em seu corpo biônico quase todo modificado, de humano
havia sobrado apenas um fantasma de si mesmo.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipuSGlq3TuI-xRY5LzI-G3vt7fV8aHTkFHe1d3d5yE35jDKf9JdqLm4wCUIGdCA1W8Q5veRlCx5VQ0zzNZp3dRhlDUiPbl7xcSzAqYvHmhS6RM2ViI6UaierUXob2k-lRH_0Y7UWrpuvs/s1600/Alita+Battle+Angel+Movie+Poster+18%2527%2527+x+28%2527%2527+-+by+FINESTPRINT88.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="879" data-original-width="679" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipuSGlq3TuI-xRY5LzI-G3vt7fV8aHTkFHe1d3d5yE35jDKf9JdqLm4wCUIGdCA1W8Q5veRlCx5VQ0zzNZp3dRhlDUiPbl7xcSzAqYvHmhS6RM2ViI6UaierUXob2k-lRH_0Y7UWrpuvs/s400/Alita+Battle+Angel+Movie+Poster+18%2527%2527+x+28%2527%2527+-+by+FINESTPRINT88.png" width="308" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-45704589191743393842020-07-12T09:22:00.000-03:002020-07-12T09:22:34.861-03:00O poeta morto - Temporal<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nas vastas entranhas de um mundo imprevisível se vai mais uma
alma que se solidariza com o tempo. As nuances de um fato sempre acarretam no
resquício de uma vida inteira e a partir de um lapso temporal. Somos
responsáveis por um mundo cruel, sem vida, desonesto, pecaminoso e calado. O
poeta está morto e junto com ele foram levadas todas as esperanças de uma vida.
Ter filhos, talvez, ser reconhecido, talvez, ser alvo de críticas, talvez, ser
alvo dos rifles e das bombas, talvez, talvez, talvez e foi assim que se foi, na
satisfação de uma dúvida eterna na qual subjugava as forças externas. A dúvida
nunca foi sanada e o próprio nem ao menos arriscou o salto no precipício escuro
e vão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Se matou? Jamais tiraria a própria vida. Foi morrendo aos
poucos, por dentro, adentrando uma resolução vital na qual se entregou ao mundo
e decidiu não modificar o meio em que vivia. Se moldar a tudo e a todos o fez
perder o mais importante, o amor-próprio. Um dia se percebeu em sua casa, rodeado
de tudo o que sempre quis e ao mesmo tempo se viu farto de ser alguém que se
molda. Num acesso de raiva, com uma faca empunhada em sua mão direita descobriu
o prazer que os cortes traziam, não um prazer sexual ou carnal mas, um prazer
que devolvia a si uma vida inteira. Ao levantar-se da cama, olhou o sol que
batia na janela e se refratava em uma luz intensa em meio aos livros e papeis
amassados no chão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No rádio, um piano ascendia uma melodia tão bela quanto seus
cortes, ele realmente não sentia dores agudas e o sangue pingando no caminho até
a cozinha era acompanhado pelo piano, pelo sangue e pela vontade de tomar um
café forte. Encontrando as garrafas de bebidas, preferiu livrar-se da inconsciência
e obter de uma vida o máximo que ela poderia oferecer. Sentiu mais raiva ao
notar que uma mosca consumia o açúcar e por nojo, o café seria amargo. Acendeu
o fogo, buliu com a água ao ver em seu reflexo os dentes amarelados e a pele
pálida, seus olhos continham o medo, sentia que dali para a frente iniciaria a
tremedeira e todo o processo de contenção de energia. Percebeu também que o
sangue no chão era pútrido e o cheiro tomava a casa percorrendo todos os cantos
do quarto, da sala, do banheiro, enfim, todos os cômodos foram alvo daquela
sensação, a mesma que fora sentida no inicio de tudo, que ao unir-se com a
vontade transformou-se na catástrofe. </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O céu azul da primavera anunciava um funeral.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O céu azul de uma primavera anunciava o funeral de mais um
doente, de mais um pai, um irmão, um avô. O futuro é incerto, o passado é
implacável, o presente cabe a nós e o lapso temporal sempre anuncia mais uma
primavera, mais um céu azul de primavera. O poeta estava morto, enquanto a casa
toda fedia a sangue, café e pó. Ele degustou o café, amargo, sentiu a dor de um
rasgo em sua pele e compreendeu que o tempo nunca aumenta, ele apenas se vai e
se foi, como o vento que precede uma tempestade ou como o mar que recua antes
de uma onda gigante.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em suas anotações, as últimas, ele desenhou um menino que
ganhava o mundo, desenhou um homem que retornava a sua terra natal e que
encontrava seu grande amor. Logo após os desenhos, estava escrito em letras
rabiscadas algumas palavras:<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Cá deste lado, o mundo ainda plana, sem motor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cá deste lado existe a incompreensão. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cá deste lado a vida não se assanha, sem louvor.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Cá deste lado o nada existe então.”</span></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><o:p></o:p></span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O poeta estava morto e no chão o sangue se tornava pó, o
corpo se tornava pó, a casa em si com o tempo ruiu. O piano já sem tempo,
parou. Os papéis ficaram por mais um tempo até que a mesma chuva que levou o telhado
da casa, também levou as lembranças. Ali naquele lugar ergueu-se uma árvore das
entranhas do poeta e esta cresceu tão rápido que ninguém mais lembrava o que
havia ali. Esta árvore sobreviveu as guerras, as secas, as tentativas de
urbanização e as pragas que passaram por ali. Sobreviveu também o poeta, que agora
árvore, observava tudo e todos os que passavam por aquela rua e com graça ainda
podia ouvir a musica imortalizada pelo rádio ouvido na sorveteria da frente, na
padaria ao lado e na casa da família que se instalou ao lado do parque em que
se situava.<o:p></o:p></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTmCaKlMcEvgzf24T5gzIULwgUf91o-YCTo1-i2ZuAKjVTQmFTWGaMhvxx9cPcM1vi4QgcirEHNJG9fQCgfbMfrFs_dXBAYh6Io4bnK-WU3UGDR-d9uFj3LcKz8QrJDoiyrPk_Y4RTzLY/s1600/Il+Museo+d%25E2%2580%2599Orsay.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="558" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTmCaKlMcEvgzf24T5gzIULwgUf91o-YCTo1-i2ZuAKjVTQmFTWGaMhvxx9cPcM1vi4QgcirEHNJG9fQCgfbMfrFs_dXBAYh6Io4bnK-WU3UGDR-d9uFj3LcKz8QrJDoiyrPk_Y4RTzLY/s400/Il+Museo+d%25E2%2580%2599Orsay.png" width="232" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-29574862910576057602020-06-07T12:22:00.003-03:002020-06-07T12:22:59.076-03:00Gasparada - Enfermaria - O mórbido<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Durante um apelo eloquente de se buscar respostas, ela
caminhava em um corredor extenso o suficiente para causar-lhe medo, ou, no mais
correto de se dizer, angustia. Ainda em um mar aberto de possibilidades,
arriscou-se no infinito de uma vertigem e as dores começaram. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Primeiro pulsando e logo após tudo apagou, não de forma a se
esquecer o que ocorrera, mas foi como se tudo ficasse em tons sépia e logo um
pouco esfumaçado. Se observava os movimentos nos quais sabia que as pessoas ali
não pareciam reais, eram vultos que se moviam um pouco mais rapidamente como se
não houvesse a linha do espaço-tempo, eram seres errantes que transpassavam
paredes, portas e mobília. Era de certa forma angustiante e ao mesmo tempo
incorreto pensar que de repente um rastro se formava a partir de um pulso no ar
já que esses seres não pertenciam ao mundo real. Chocou sua realidade com a
idealização de um sonho ruim no qual teria adentrado e não poderia sair dali a
não ser que acordasse. Sua missão naquele momento partia de um prisma inerente
ao comum, chegar ao final daquilo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As chamas e o inferno que se misturavam aos vultos e tais
seres errantes chegaram apenas para notificar o que já estava anunciado. Ao
fundo ouvia-se um nome como em um alto-falante, que sessou ao abrir os olhos e
retornar ao mesmo lugar em que situava, o looping aconteceu e o abrir dos olhos
não transformou a cena em um alívio, mas fez com que a mesma retornasse do
ponto zero. No relógio marcava às 4 horas da madrugada e no semblante do homem
que sentava-se ao lado da cama, um sorriso doce no qual não se permitia alterações,
era um homem calvo, sem sobrancelhas e enrolado em uma túnica, proferia algumas
palavras de um idioma no qual não se compreendia. Pedindo algo, ou talvez
profetizando, ou então apenas ali guiando algo que se iniciara. Levantar-se para
buscar respostas era necessário e ela assim o fez e percebeu quando seus
movimentos atravessaram o corpo daquele que estava sentado ao seu lado, a compreensão
daquele momento veio depois de pensar muito sobre os fatos que a levaram até ali.
O monge levantou-se e ainda profetizando suas palavras inteligíveis acenou com
o olhar voltado ao horizonte enquanto ela olhava para o ponto de referência no
qual o senhor observava, olhar para trás fez com que ela tivesse uma visão que
deixava uma dúvida a respeito de sua realidade, afinal, ao observar novamente
ao redor sua cama não estava mais ali e o monge acenava diretamente para uma
multidão de pessoas deformadas, rostos ensanguentados, necroses entre tantos
outros tipos de mutilações.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Enquanto a multidão se levantava e caminhava em direção ao seu
mestre, ela sentiu pânico ao notar que alguns deles a observavam enquanto
outros apenas seguiam seu caminho, uns até a porta e outros até a benção.
Pensando na relação disso tudo se virou ao monge e seguiu em sua direção e quando
o fez um caminho se abriu ao mesmo e assim ela pode reverenciá-lo. Ele tomou
sua mão com suas mãos e no centro de sua alma ela compreendeu os mistérios que
a levaram até ali dentro das palavras ditas pelo sábio pensador. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">“Buscar respostas às sensações ou ações dos seres seria algo
involuntário, mas, de certo modo, seria uma busca incessante e sem nenhum
retorno pois, faz-se o bem sem nenhum motivo, assim como faz-se o mal.
Simplesmente não há explicação e se questionar disso seria perder uma eternidade
inteira em busca de algo sem respostas. Não se explicam sentimentos, assim como
não se questionam as ações, o que o mundo nos dá, é exatamente o que nós
precisamos naquele momento e a nossa evolução se encarregará de nos fornecer os
pensamentos e ações corretas. A vida, como em um sonho, é por si só
involuntária. A natureza não se explica, ela é.”<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Percebendo que apenas se conhece as sensações e o mundo,
quando se faz parte dele nem que seja por 1 segundo. Dentre tantas as
realidades que poderia viver, viveu aquela que estava ao seu alcance e morreu,
naquela realidade, naquela cama de hospital, aquela que chamaram mais tarde de
indigente, que nunca fez mal a ninguém, mas que sempre questionou o porquê do
mundo ser tão torto, o porquê do mundo ter tanta gente ruim. Eram questões que
pairavam em seu universo ao deitar-se em sua cama de papelão abraçada em seu
pet, um vira-lata salsicha que mais uma vez teria que seguir sozinho em busca
da própria sobrevivência.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq-qDhHBs-mbk8Yvi-MctBGewCKiaJgLv2Ga9G1pRSEvU1ox29amzmjEmOdFs_s1ygcf2Cz3kBMdize4WXvY4XtxKiIAvlPjC6T2NHDSQqNdhy90tkdIrZmSDtmbjDNyBEh9HFwokMQ7k/s1600/Gasparada+-+Enfermo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="894" data-original-width="564" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgq-qDhHBs-mbk8Yvi-MctBGewCKiaJgLv2Ga9G1pRSEvU1ox29amzmjEmOdFs_s1ygcf2Cz3kBMdize4WXvY4XtxKiIAvlPjC6T2NHDSQqNdhy90tkdIrZmSDtmbjDNyBEh9HFwokMQ7k/s400/Gasparada+-+Enfermo.jpg" width="251" /></a></div>
<br />Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-54528924585527698432020-05-23T11:45:00.001-03:002020-05-23T11:45:53.757-03:00Coluna social - Folha 2 - em revisão<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A leveza das coisas simples e o caos mundano se chocam nos
momentos chuvosos nos quais a alma se delimita em apenas residir em uma casca
bruta e sem critérios. A relatividade nos traz a o que se torna arbitrário, a
expectativa contra a realidade, o choque contra o arbusto, o sermão contra o
coração, a sensibilidade contra o muro frio.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Dentre os mais criticados momentos
em que a sociedade se vê diante de um momento de clausura e vingança, transparecemos
o momento de dar a outra face e viver uma vida sem expectativas na qual “aquele
que não se ilude, não se desilude”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Compreender que a virtude do sábio não é ensinar a pensar,
mas deixar com que pensem e muitas vezes compreender o seu papel no meio em que
vive e este é apenas um parênteses no grande leque que se abre ao estudar as
ciências, a literatura, as normas técnicas e as tantas formas de expressão
artístico-cultural que servem o mundo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Buscar a empatia é também compreender o lado oposto ao seu e
negar de todas as formas um discurso que carregue as raízes de um pensamento
pessoal. Olhar todos os lados e compreender não qual está certo ou errado, mas,
qual deles é o menos favorecido. É olhar pelo bem comum para que nenhum seja
esquecido.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pensar sempre no melhor também é uma forma de aquecer os
corações e se arriscar em um infinito árduo. O inferno paira no ar e o paraíso
estará sempre a 7 palmos do chão. A chave não está no credo, mas no self, a
única expectativa que será possível se criar, é a expectativa em si mesmo. Ela
é uma bailarina, na corda bamba, com seu guarda-chuva e roupas inadequadas.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A
expectativa pode ser a atriz, o palhaço, o domador, pode ser até mesmo o dono
do circo, mas jamais será a equilibrista, jamais saberemos se ela chegará ao outro
poste após os 20 passos.</span><o:p></o:p></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9vctN0bFLe4Y_4CYO-KSYbFzcA_2hGc7dPqL9pLYwKt519N5ES-6-9m9iJvhxJOfb7D1NWOod6wuliZ_mllkC-C6C2RbMIwfU0G2y20NGMuFB7Q-CYWneleI1kww3-KQ3QCh1Q1_wQBQ/s1600/Guarda-Chuva-Invertido-Color-LB99146-Azul-Fechado.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="600" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9vctN0bFLe4Y_4CYO-KSYbFzcA_2hGc7dPqL9pLYwKt519N5ES-6-9m9iJvhxJOfb7D1NWOod6wuliZ_mllkC-C6C2RbMIwfU0G2y20NGMuFB7Q-CYWneleI1kww3-KQ3QCh1Q1_wQBQ/s320/Guarda-Chuva-Invertido-Color-LB99146-Azul-Fechado.jpg" width="320" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-1354696238189641102020-04-16T17:00:00.002-03:002020-04-16T17:00:35.949-03:00O Enforcado<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Existem dias em que as coisas fluem de forma a nos fazer
pensar um pouco mais fora da caixa e compreender os papéis de todos ao nosso
redor sem esquecer que a vida é uma provação sem fim, onde as leis nos mantêm no
jogo árduo da liberdade. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As vezes nos colocamos a pensar em como seria a vida destas
pessoas se por um acaso não existíssemos, é uma provação, pois, por muitas
vezes caímos no pensamento de que talvez isto realmente fosse uma ideia
palpável e também as vezes pensamos no mundo como um imenso redemoinho no qual
apenas somos carregados até o centro escuro e desconhecido, qual o legado
deixado por nós? Quais as verdadeiras coisas que nos impulsionam e quais as
desilusões que nos trouxeram até aqui? Por que suportamos as coisas por um bem
maior, se as vezes o bem maior é também apenas uma ilusão?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">As feridas deixam cicatrizes, calam nossa voz, transformam o
nosso caráter já moldado com unhas e dentes desde a infância. As feridas
permanecem abertas em nossas memórias e, a questão ainda permanece viva em
nossas cabeças, em nossas memórias. Somos seres humanos, erramos, acertamos,
pedimos clemência e aceitamos muitas vezes coisas que não desejamos aos outros
e um fato interessante da vida é que tudo se parece tanto com o passado
distante, o ser humano cresce e a mente deixa de evoluir na imprudência de um bebe acalantado em seu berço e cobertor.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">No tarot, o Enforcado mostra não apenas quem você é e a sua
situação, mas mostra quem você deve deixar para trás, quem você deve esquecer e
quem você deve ser. Ao morrer, não em vida, mas com a simplicidade de aceitar
as mudanças, uma questão confronta com as nossas mentes, quem você gostaria de
ser quando estiver no meio fio entre a vida e a morte? De quem você lembraria
neste momento? Onde seria? Como faria? Se pudesse, daria a mão aos seus
inimigos e pessoas que te fizeram mal? Abraçaria as pessoas que te fizeram bem?
Conseguiria pesar tudo isso antes de partir? </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O enforcado, além de tudo, te avisa sobre maus bocados, mas
também de instrui a enfrenta-los com alegria e entusiasmo. Esbarramos em uma
frase sem sentido na qual pensamos “qual seriam nossas últimas palavras” se o
nosso fim fosse hoje?</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Quando vi aquela carta de tarô, pensei: "Este é quem eu
sou agora, o homem enforcado." Talvez esse fosse o meu destino. Meu
próprio ancestral tentou me matar. Talvez não fosse para eu existir. Talvez
não. Mas eu mudei. Lembra quando me perguntou sobre minhas últimas palavras? </span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Eu pensei que sabia quais seriam. O que importou foi o
último rosto que vi.</span><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O seu rosto.</span><o:p></o:p></div>
<br /><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqxl2TFJWHAMdJjPrpAoiN0II5L8itwGx0k9xc-k7jQb4bbqzyFZntXOQuoXodgdYKVAvlSrvepNtvxFUVIGWNBMEPsmg8A7kxbroYt9xjHTKX_UNjqjR2AqVRzezYk-S_mLAxf0yVuEU/s1600/12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="520" data-original-width="270" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqxl2TFJWHAMdJjPrpAoiN0II5L8itwGx0k9xc-k7jQb4bbqzyFZntXOQuoXodgdYKVAvlSrvepNtvxFUVIGWNBMEPsmg8A7kxbroYt9xjHTKX_UNjqjR2AqVRzezYk-S_mLAxf0yVuEU/s400/12.jpg" width="206" /></a></div>
<br />Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-47299323846341555272020-04-07T17:01:00.002-03:002020-04-07T17:01:38.891-03:00Devaneios Sociais - Folheto 02 - Página 01<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Independentemente de onde venham as
pessoas e quais sejam os seus costumes, a vida urge como um raiar de Sol entre
as frestas das folhagens nas arvores. A empatia está muitas vezes ligada a
representatividade de tal ação e vemos que o ser humano ainda reage com raiva aos
seus desafetos quando deveria procurar compreender da melhor maneira que qualquer
ação varia de sua própria natureza.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nossos atos estão estritamente
ligados à nossa consciência, e, muitas vezes fazer o errado é um conceito moral
no qual se sabe das consequências, mas, possui-se a total certeza de que nada
acontecerá, como em um jogo de perde e ganha. Quando furam filas, quando veem o
troco errado na mão e não devolvem, quando se pega algum doce no mercado sem
pagar, entre outros pequenos delitos que são moralmente errados, porém a fragilidade
moral de que “o que os olhos não veem o coração não sente”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">A sociedade acaba por se
escravizar nestes conceitos nos quais se prendem as leis e estas são implacáveis,
mas, os reguladores destas também se baseiam em conceitos morais vindos de sua
criação e também se entregam muitas vezes ao que chamamos de voto de confiança
ao julgar um crime, entende-se a lei, porém se interpreta arbitrariamente a
mesma de forma a pensar em tantas as formas em que a verdade pode ser dita ao
longo de tantas as formas que ela coexiste. É olhar a imagem de um número 6 no
chão, sempre haverá alguém que julgará aquele número como um 9 e afinal a única
pessoa que poderá saciar esta questão de fato, será quem desenhou aquele número
no chão.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">O grande impacto é na idealização
de que a sociedade se baseia na vingança para que as pessoas sejam punidas e
não reeducadas, ou, que esta reeducação seja de fato uma punição tão severa
quanto a própria morte, e deste modo acabamos por criar nossos próprios lunáticos.
Quantas pessoas que foram pegas, presas e reformadas, trazendo um bem para a
sociedade ao invés que adentrar de vez ao mundo do crime? A sociedade constrói as
leis, as aprova e as segue, assim desta mesma forma institui-se penas de morte
e sabemos que os nossos criminosos sempre serão os rostos que representam a
marginalidade de uma sociedade. É difícil assumir a culpa, é difícil resolver
tudo, mais difícil ainda a meu ver é enviar pessoas todos os dias para o
corredor da morte, ou pior, para uma cela onde não haverá nenhuma estrutura onde
esta pessoa não apenas pense no que fez, mas que também pense que é possível
uma vida fora dali após se redimir dos seus erros.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Um ser humano sempre nascerá puro
e será sempre corrompido pela sociedade. Cabe a própria sociedade encontrar formas de educa-lo
enquanto é tempo ao invés de encaminha-lo ao corredor da morte de uma forma gradativa. Enquanto
dividirmos a sociedade entre quem pode pagar e quem estuda de graça,
continuaremos também fazendo com que a desigualdade seja ainda maior e este
seja um ponto importante a se perceber que ninguém entra no crime porque quer,
penso que se todos tivessem acesso a o que é certo e ao conhecimento, teríamos
mais cientistas, artistas e educadores, teríamos menos pastores e muito menos complexos
prisionais. O contingente policial seria reduzido e as industrias bélicas não
teriam serventia. Quanto mais lutamos contra nós mesmos, mais nos
desvalorizamos e mais caminhamos rumo a própria extinção. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="mso-spacerun: yes;"><span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Entre a corda e o nó sempre
haverá um inocente.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtaGALuKDzaASwFxNqxtu15njXylrCxhflP5bBnpA2wu7J2tx8FpA-kODqdHmnDaugQeuAhFnOJgKDWksJvnahVtJ_XwyIayJHQyhfRE5cIOnpUfTxu9tkz_-7oKenmJQXc0W6npOGwEE/s1600/download.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="183" data-original-width="275" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgtaGALuKDzaASwFxNqxtu15njXylrCxhflP5bBnpA2wu7J2tx8FpA-kODqdHmnDaugQeuAhFnOJgKDWksJvnahVtJ_XwyIayJHQyhfRE5cIOnpUfTxu9tkz_-7oKenmJQXc0W6npOGwEE/s400/download.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-7094034520724835922020-04-06T14:50:00.001-03:002020-04-06T15:32:43.653-03:00Uma carta<br />
<div class="MsoNormal">
Quando o mundo se afunda e você não tem para onde correr, o
único refúgio está em si mesmo. Você não pode obrigar as pessoas a confiarem em ti,
mas, as suas atitudes sempre serão um porto seguro contra todas as mazelas.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O primeiro passo é confiar em si mesmo e manter sempre o seu
caminho aberto para a felicidade. Ser feliz de fato é uma caminhada, já que a
felicidade é e sempre será baseada em um momento no qual você sempre terá duas
escolhas, mantê-la em sua memória ou esquecê-la para sempre.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Aquele frio na barriga é característico, acordar todas as
manhãs com um propósito diferente na cabeça, pensar, agir e sempre manter a sobriedade
perante os acontecimentos mundanos é uma porta para a felicidade, ela acontece,
ela se mantém mas, no menor deslize ela se vai e se vai muitas vezes para não
voltar mais. É uma equação complexa na qual nos dispomos a interferir diariamente
e muitas vezes nos deixamos levar pela tristeza de um momento e ali a tristeza
fica, assim como a alegria.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Por isso o ideal de vida tem dois lados (sem levar em conta distúrbios
psicológicos) a escolha sempre será sua e unicamente sua. A questão principal é
sempre aquela pela qual nos faz levantar da cama e sorrir e não há problema em
ter dias ruins, nunca houve, o problema está em não tentar fazer com que eles
sejam bons, reverter o jogo é fundamental em alguns aspectos. Sorrir de fato,
olhar para os lados e ver a beleza que te cerca, ver que as vezes nossos
pensamentos estão recheados de coisas que supomos e por supor coisas nós
acabamos por nos afundar em nossa própria contradição afinal, quem veio ao
mundo para ser uma pessoa triste?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quem está aqui para sofrer? Quem está aqui para de fato
utilizar dos anos que correm em contagem regressiva, de forma a gozar de uma
vida, com seus altos e baixos sim, mas, de fato pensar na mais valia de sair da
cama todas as manhãs? A vida é curta, o processo é lento, os diagramas surgem
em ritmo alucinante, os sorrisos se desfazem, as contas continuam a entrar pela
caixa de correio e o dinheiro vai faltar (pode ter certeza). A busca pela
felicidade está no momento e também está na manutenção dele. Há quem consiga
sorrir nos momentos mais difíceis e há quem consiga desabar a qualquer conflito.
O meio-termo se faz necessário para que a força esteja em nós, não seremos
malucos e não seremos fracos. A felicidade está no amor tanto quanto o amor
está na felicidade e sem ambos, bem, retorno a questão do início do parágrafo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
“Quem diz que Amor é falso ou enganoso,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
ligeiro, ingrato, vão, desconhecido,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
sem falta lhe terá bem merecido<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
que lhe seja cruel ou rigoroso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Amor é brando, é doce e é piadoso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Quem o contrário diz não seja crido;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
seja por cego e apaixonado tido,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
e aos homens, e inda aos deuses, odioso.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Se males faz Amor, em mi se vêem;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
em mi mostrando todo o seu rigor,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
ao mundo quis mostrar quanto podia.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Mas todas suas iras são de amor;<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
todos estes seus males são um bem,<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
que eu por todo outro bem não trocaria.”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
Luís de Camões<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO-8I_II7coIDUHE6Nt_38cIQLzeaI5LXIqoIO3wPx7LdbAwVdG1Sv5TUJbuEGLvuxSHoQ5INA8JKiTiX2eMz23yOd5LaQ6Huxl_VydSvBsMdNAZJgfZHs4Vv3MZltPn7esV9Fvtqu-Bo/s1600/kirkhill-west-caithness-scottish-letterbox-royal-mail-post-box-postcard-66971-p.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="837" data-original-width="555" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiO-8I_II7coIDUHE6Nt_38cIQLzeaI5LXIqoIO3wPx7LdbAwVdG1Sv5TUJbuEGLvuxSHoQ5INA8JKiTiX2eMz23yOd5LaQ6Huxl_VydSvBsMdNAZJgfZHs4Vv3MZltPn7esV9Fvtqu-Bo/s320/kirkhill-west-caithness-scottish-letterbox-royal-mail-post-box-postcard-66971-p.jpg" width="212" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<br />Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-77346354837550206912020-03-31T13:41:00.001-03:002020-03-31T13:41:11.964-03:00A necessidade do brilhantismo nos tempos atuais<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nos dias atuais as pessoas tem a
necessidade de se destacar intelectualmente, por motivos obscurecidos pelas próprias.
Vemos isso em discussões em bares, em discussões nas redes sociais, em debates em
faculdades e afins. Alimentar o ego é de fato algo que a sociedade hoje precisa
(e sempre precisou), os indivíduos, financeiramente falando, já possuem a maior
parte das coisas que almejam e as que não podem ter são de fato inalcançáveis a
sua classe, ou seja, se tem carros, apartamentos, casas e todos os tipos de penduricalhos
possíveis. O dinheiro que se ganha com o trabalho formal ou informal acaba por
ser consumido pelos eletrônicos, planos de assinatura de aplicativos e afins. Salvos
os desempregados e pessoas de baixa-renda que não possuem de fato o poder
aquisitivo para o consumo que abrange grande parte da população. O fato que
desejo expor é mesmo o da expressão que se faz de título ao texto, “a
necessidade do brilhantismo nos tempos atuais”, e me baseio nos contatos nos
quais possuo e que compõe as classes sociais de meu convívio (que assumo ser
bem amplo).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Por quais sejam os motivos que
levam as pessoas a se demonstrarem inteligentes em meio a sociedade da mesma
forma que denigrem a imagem de outros, as conversas se transformam em uma
guerra, o que chamaria isso em algumas traduções de livros consagrados de “travar
conhecimento” através do diálogo. O caso é que nos tempos anteriores a nós e a
tecnologia que dissemina as noticias e o próprio conhecimento a informação era
de fato comprovada antes de ir para os livros (ressalto que não falo dos livros
sensacionalistas de pessoas que prometiam coisas e subornavam outras para ver
seus livros nas prateleiras) mas, ainda daí eu integro o pensamento de que o
intelecto era também um artifício dos ricos que podiam contar com as
enciclopédias e que de uma maneira geral sabiam ler e escrever. As sociedades
de formavam assim, os nobres eram detentores da cultura e o povo detinha da mão
de obra. Raras as vezes estas classes se misturavam e quando acontecia, era por
vezes um homem rico que se aproximava de uma mulher pobre, porém belíssima e
com um grande potencial para aprender as etiquetas da sociedade nobre (levando-se
em conta a sociedade machista das épocas e deixando claro que nos dias de hoje
lutamos pela igualdade). O fato que assumo neste contexto é que hoje por mais
que as classes sociais se distanciem em alguns aspectos deter de conhecimento
se faz ainda muito necessário, já que nos dias de hoje (ainda bem) o
conhecimento se tornou mais democrático e acessível e, deste modo, com a
rapidez, a falta de credibilidade das informações acabamos por ignorar o bom
senso e acreditar em “verdades” ditas para confundir , acreditamos em teorias
da conspiração e em histórias que são tão bem contadas que espalhamos aos
quatro ventos o que acreditamos e de fato podemos provar pouca coisa. Em troca
do tal brilhantismo. Acreditamos que frases de efeito podem ser o ápice para se
tornar o tal “pensador” da turma ou a pessoa moralmente inteligente a ser
seguida pelo bando.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Nestes tempos em que a
desinformação é um prato cheio aos desavisados, meu conselho (não que valha de muito)
é que se “auto proíba” de dizer coisas que simplesmente não tem domínio, e não
quero ser o chato que proíbe as pessoas, mesmo porque, conselhos servem para mostrar
um outro ponto de vista e cada um pode (e deve) seguir o que seu coração mandar,
porém, o que peço é que se não tem domínio de algo que gostaria de debater,
sinta na pele a sensação de absorver os assuntos de uma forma imparcial e não
acredite em tudo o que lê por aí, questione, busque conhecimento, acredite no
que quiser acreditar, mas tenha embasamento para discutir o assunto por mais de
2 horas. Desta forma as relações serão mais verdadeiras, os assuntos serão mais
didáticos e “travar conhecimento” se tornará uma diversão sadia entre os
amigos. O estudo se torna algo sério, belo e prazeroso. Já que ao pensar em
algo, traremos Descartes à mesa do jantar e sua famosa colocação utilizada até
hoje, “penso logo existo”, na qual, do latim, <i>“cogito, ergo sum”</i> ou “penso,
portanto sou”.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Pensemos, portanto, sejamos.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQvKe1_ubna2R-LNtPG2UaX_9SNe8fdCZGx1DvtvDBy3tG1s66Wz9dV7qZHb6suktyh3bd0QlTZItby0B7EXQjhPeFp2ufQzb9Wy9xQtA_h2-rqeDP9U_BCYGdARGKVR8pd4qBgggfKGs/s1600/25Stone-superJumbo.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1147" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQvKe1_ubna2R-LNtPG2UaX_9SNe8fdCZGx1DvtvDBy3tG1s66Wz9dV7qZHb6suktyh3bd0QlTZItby0B7EXQjhPeFp2ufQzb9Wy9xQtA_h2-rqeDP9U_BCYGdARGKVR8pd4qBgggfKGs/s400/25Stone-superJumbo.jpg" width="286" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-46360497781224938782020-03-15T13:23:00.004-03:002020-03-15T13:23:45.442-03:00A lama<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="376">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Mention"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Smart Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hashtag"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Unresolved Mention"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Smart Link"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:8.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Em mais um dia como em um terreno frio, como se estivesse
tocando a lama fria nos pés, no fundo de um rio nas montanhas geladas, aquele
que te faz observar a vida toda num piscar de olhos e nada daquilo parecia
fazer sentido a não ser a sobrevivência. A relação em que se observa ao
relento, jogado no fundo de um rio como uma pedra que estará ali, estática por
anos e anos e anos...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Parece tão cruel quanto uma corda que entrelaça e sufoca
ou como uma faca que invade e desobstrui a vazão dos fluidos vitais. A
sobriedade de um ser que se deslumbra com o mundo é tão incrédula quanto o ser
que se arrasta pelo mesmo e se afoga nos horizontes de um céu escuro em plena
luz do dia. O monstro não o persegue, ele mesmo o é e todos os dias de uma vida
viverá a sombra deste que vive dentro de si, ao mesmo clarão de sobriedade que
o mundo as vezes o faz pensar que talvez tenha uma esperança, me trazendo a
ideia da equilibrista que no primeiro deslize se faz uma força desumana para se
manter em pé e raras as vezes acabará vencendo a corda bamba estendida de um
mastro a outro.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">Compreender a vida é compreender a desilusão, é compreender
que não existirá nunca o dia seguinte por mais que os mais cheios de compaixão
convivam com as esperanças de trazer os descrentes para a superfície. É uma via
de duas mãos quando se observa um peixe no fundo da água e se observa a lontra
na superfície, ela desce para a caça, enquanto se o peixe subir por muito tempo
ele estará morto. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Com a faca nos meus
pulsos, com a minha gravata no meu pescoço, com meu o monstro nas costas e com
a cabeça vazia, minha querida, cante comigo esta canção, por uma última vez,
com os anjos e demônios que dançam em uma elipse ao redor da Via-Láctea. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">
</span><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif;">"I lost something in the hill country. They took a
piece of my heart away from me. Among other things he's a cold heartbreaker. The
broken cowboy stole my music maker."</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTbF7Xs721dMUb6BmUfV_i3O-jjjxt0pgsoGJ8gSozBD-rvDqAoWVDIyDj-2g5KzcGz5HzM3WiEIax21lbTFjOhVaPb3c-1gIZoq-JkOcFm4GdXqjzdMhf_Gq9F1bDbsQbL9qPZgr9Am8/s1600/Capturar.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="304" data-original-width="431" height="281" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhTbF7Xs721dMUb6BmUfV_i3O-jjjxt0pgsoGJ8gSozBD-rvDqAoWVDIyDj-2g5KzcGz5HzM3WiEIax21lbTFjOhVaPb3c-1gIZoq-JkOcFm4GdXqjzdMhf_Gq9F1bDbsQbL9qPZgr9Am8/s400/Capturar.JPG" width="400" /></a></div>
<br />
Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4540360879955766930.post-31012291645581629992020-03-13T14:12:00.002-03:002020-03-13T14:20:49.769-03:0060 segundos<!--[if gte mso 9]><xml>
<o:OfficeDocumentSettings>
<o:AllowPNG/>
</o:OfficeDocumentSettings>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:TrackMoves/>
<w:TrackFormatting/>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:DoNotPromoteQF/>
<w:LidThemeOther>PT-BR</w:LidThemeOther>
<w:LidThemeAsian>X-NONE</w:LidThemeAsian>
<w:LidThemeComplexScript>X-NONE</w:LidThemeComplexScript>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
<w:SplitPgBreakAndParaMark/>
<w:EnableOpenTypeKerning/>
<w:DontFlipMirrorIndents/>
<w:OverrideTableStyleHps/>
</w:Compatibility>
<m:mathPr>
<m:mathFont m:val="Cambria Math"/>
<m:brkBin m:val="before"/>
<m:brkBinSub m:val="--"/>
<m:smallFrac m:val="off"/>
<m:dispDef/>
<m:lMargin m:val="0"/>
<m:rMargin m:val="0"/>
<m:defJc m:val="centerGroup"/>
<m:wrapIndent m:val="1440"/>
<m:intLim m:val="subSup"/>
<m:naryLim m:val="undOvr"/>
</m:mathPr></w:WordDocument>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" DefUnhideWhenUsed="false"
DefSemiHidden="false" DefQFormat="false" DefPriority="99"
LatentStyleCount="376">
<w:LsdException Locked="false" Priority="0" QFormat="true" Name="Normal"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" QFormat="true" Name="heading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="9" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="heading 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index 9"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 7"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 8"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="toc 9"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="header"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footer"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="index heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="35" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="caption"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of figures"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="envelope return"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="footnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="line number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="page number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote reference"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="endnote text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="table of authorities"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="macro"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="toa heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Bullet 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Number 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="10" QFormat="true" Name="Title"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Closing"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Default Paragraph Font"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="List Continue 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Message Header"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="11" QFormat="true" Name="Subtitle"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Salutation"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Date"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text First Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Note Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Body Text Indent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Block Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="FollowedHyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="22" QFormat="true" Name="Strong"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="20" QFormat="true" Name="Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Document Map"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Plain Text"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="E-mail Signature"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Top of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Bottom of Form"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal (Web)"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Acronym"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Address"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Cite"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Code"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Definition"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Keyboard"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Preformatted"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Sample"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Typewriter"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="HTML Variable"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Normal Table"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="annotation subject"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="No List"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Outline List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Simple 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Classic 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Colorful 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Columns 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Grid 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 4"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 5"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 7"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table List 8"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table 3D effects 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Contemporary"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Elegant"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Professional"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Subtle 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 2"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Web 3"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Balloon Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" Name="Table Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Table Theme"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Placeholder Text"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="1" QFormat="true" Name="No Spacing"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" Name="Revision"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="34" QFormat="true"
Name="List Paragraph"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="29" QFormat="true" Name="Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="30" QFormat="true"
Name="Intense Quote"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="60" Name="Light Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="61" Name="Light List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="62" Name="Light Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="63" Name="Medium Shading 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="64" Name="Medium Shading 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="65" Name="Medium List 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="66" Name="Medium List 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="67" Name="Medium Grid 1 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="68" Name="Medium Grid 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="69" Name="Medium Grid 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="70" Name="Dark List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="71" Name="Colorful Shading Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="72" Name="Colorful List Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="73" Name="Colorful Grid Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="19" QFormat="true"
Name="Subtle Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="21" QFormat="true"
Name="Intense Emphasis"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="31" QFormat="true"
Name="Subtle Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="32" QFormat="true"
Name="Intense Reference"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="33" QFormat="true" Name="Book Title"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="37" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" Name="Bibliography"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="39" SemiHidden="true"
UnhideWhenUsed="true" QFormat="true" Name="TOC Heading"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="41" Name="Plain Table 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="42" Name="Plain Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="43" Name="Plain Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="44" Name="Plain Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="45" Name="Plain Table 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="40" Name="Grid Table Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="Grid Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="Grid Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="Grid Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="Grid Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="Grid Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="Grid Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="Grid Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="Grid Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="Grid Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="Grid Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46" Name="List Table 1 Light"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51" Name="List Table 6 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52" Name="List Table 7 Colorful"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 1"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 2"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 3"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 4"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 5"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="46"
Name="List Table 1 Light Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="47" Name="List Table 2 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="48" Name="List Table 3 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="49" Name="List Table 4 Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="50" Name="List Table 5 Dark Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="51"
Name="List Table 6 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" Priority="52"
Name="List Table 7 Colorful Accent 6"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Mention"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Smart Hyperlink"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Hashtag"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Unresolved Mention"/>
<w:LsdException Locked="false" SemiHidden="true" UnhideWhenUsed="true"
Name="Smart Link"/>
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-priority:99;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin-top:0cm;
mso-para-margin-right:0cm;
mso-para-margin-bottom:8.0pt;
mso-para-margin-left:0cm;
line-height:107%;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:11.0pt;
font-family:"Calibri",sans-serif;
mso-ascii-font-family:Calibri;
mso-ascii-theme-font:minor-latin;
mso-hansi-font-family:Calibri;
mso-hansi-theme-font:minor-latin;
mso-fareast-language:EN-US;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">O vazio toma conta e o corpo age por impulso, ele pulsa, ele
vive, já a cabeça não faz nada além de pensar o tempo todo em acabar com a dor,
mas, que dor é essa? De onde vem e para onde vai? Daqui do alto deste prédio de
onde escrevo talvez minhas últimas palavras dá pra ver um mundo acontecendo
como um grande formigueiro, olha ali, acabou de passar a mãe com o filho no
colo, os carros transitam de forma tão pouco sincronizada que me arranca um
riso amarelo que talvez poucos entendessem a graça disso tudo. O telefone toca
insistentemente, vibra, como se eu fosse a última esperança de alguém e eu sei
que não sou, eu sei que as pessoas se apegam às outras e que com um passe de
mágica elas deixam de existir, está no grito, está no não se importar, está na
empatia que não parece ser utilizada dentro de casa.</span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">As velas daquele apartamento, daqui de cima da pra ver o
casal que janta junto em um clima tão belo, dá pra sentir que a comida é simples,
mas, ali o que importa é a companhia um do outro. As flores que ela trouxe, o
vinho que ele escolheu, é bom, já tomei uma garrafa toda daquele ali. No
apartamento ao lado a TV está ligada para ninguém... será que deixei a TV
ligada? Será que esqueci a chaleira no fogo? Será que a conta de luz virá alta
neste mês? Será que a energia não vai acabar hoje? Os postes daqui de cima
parecem tão pequenos, até as faixas na rua, os carros passando ainda me tiram um
sorriso amarelo, por que será, hein? Acho que nem eu me entendo. A relação do
entendimento sobre um momento como este. Por muito tempo me senti feliz e hoje
parece que recupero tudo isso, devagar, acho que o final acaba sendo assim, a felicidade
unida a um certo desespero pelo desconhecido que se aproxima, como uma criança
perdida num shopping. O casal, do jantar à luz de velas parece se desentender,
ela gesticula como se estivesse brava ou algo assim, ele ouve com atenção, mas
parece não conseguir sair deste dilema, dá pra ver na cara dele. Nossa, um
acidente, na esquina, três carros, dois no cruzamento e um que estava
estacionado, o estrondo foi bem alto, tão alto que acordou o cara que estava
com a TV ligada e dispersou a conversa acalorada do casal, até a senhora do
andar de cima parou pra ver. A coisa foi séria pelo jeito, ninguém saiu dos
carros ainda e escuto a ambulância, bem longe, tão longe que não consigo
adivinhar a direção que ela virá, mas, menos mal, está vindo.</span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Vem chuva, a brisa traz aquele cheiro característico, cheiro
de terra molhada, como dizem. Estou com sede, será que tem água em casa? Será
que está gelada? Uma cerveja agora cairia bem, ou sei lá, um refrigerante com
umas duas pedras de gelo, talvez um chá gelado. Hoje fez um calor insuportável,
ainda bem que vai chover, as plantas agradecem, as pessoas também, claro,
dormir com barulhinho de chuva é uma sensação tão boa. Lembro quando eu era
pequeno e debruçava na janela do meu quarto para olhar os relâmpagos e raios
que caíam durante as tempestades, aquilo me maravilhava. Era tão bonito e
único, a chuva sempre foi um refúgio para a minha alma, parecia recarregar as
energias, toda chuva eu sempre acabava apanhando da minha mãe por me molhar e
pelo perigo de caminhar em locais abertos. Olha, chegou a ambulância, que bom,
salvarão todos, espero. Já tem uma movimentação grande na rua, o pessoal meio
que tentando retirar os acidentados ao mesmo tempo que alguns ainda parecem
conter estes, todo mundo sabe que não se pode mover ninguém de um acidente de
trânsito, a não ser que haja uma grande exceção ou algum problema que coloque a
vida desta pessoa em perigo. Enfim removeram as pessoas do carro, mas estão
cobrindo os corpos, a pancada foi realmente feia, acho que morreram. Os
jornalistas apareceram para fotografar a cena do acidente e escrever suas
matérias, será que estará nos jornais? Será que as estatísticas cresceram? E se
estivessem embriagados? Será que perderia o glamour? Já vi gente falando sobre
isso e as vezes até desejando a morte de pessoas que se embriagam e depois
dirigem seus carros.</span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Analisando a situação, acho que já vi coisas demais por uma
noite mesmo sabendo que as piores coisas sempre acontecem quando eu fecho os olhos.
É uma coisa complicada, perder o sono as vezes por preferir a exaustão a adentrar
lugares que teoricamente não deveriam existir, é como se eu estivesse correndo
dos meus sonhos o tempo todo e acordar com os olhos mareados, eu sou o único
que não quer ser o herói e nada sobra para mim a não ser morrer sozinho. Algumas
vezes nos sentimos como se a ideia de morrer fosse uma ideia palpável e segura.
Como se fosse apenas o fim de tudo; O fim das lembranças, o fim das
expectativas, o fim das mais variadas formas de sofrimento.</span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">É um deserto tão grande o nosso pensamento, ao mesmo tempo
parecemos nos preocupar com as coisas que deixaremos para trás. Quem ficará,
como ficará? Quando é que as coisas serão amenizadas? Será que ficarão bem?
Será que tudo será como eu sempre pensei que seria? Será que vão sentir a minha
falta? Será que as pessoas continuarão suas vidas da mesma forma? Será que eu
realmente esqueci a chaleira no fogo? Será que a porta está aberta? Será que eu
deveria ter um cão ou um gato? Um hamster? Será que eu deveria jantar antes de
partir? Tratar todos os dias como se fosse o último te faz parar de viver. Ao
imaginar como seria, se morre um pouco mais.</span></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">A morte é palpável, é o final, é a perpetuação, é a
permissão. A cada dia que passa, morro um pouco mais. A cada dia que passa,
estou ainda a dois passos do precipício.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">
</span><br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "arial" , "helvetica" , sans-serif;">E já está amanhecendo...</span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiUU8xADl1syjsQzZZwkjdFBjh2JfoVFFeubsl-YrRWG2ZGToMsODwWoSH2-4L8zLq2N7Ny6CuBUI6aaxlWlDKPP5fht2-Lmd2jlFsigCP5xIIrzMpb1yOomigR26_fDyZ1PfWIZFMs-g/s1600/x76150566_A-man-stands-in-front-of-the-Arbeit-macht-frei-Work-sets-you-free-gate-in-the-former-Nazi-d.jpg.pagespeed.ic.8nc36keh5D.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="652" data-original-width="1086" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiUU8xADl1syjsQzZZwkjdFBjh2JfoVFFeubsl-YrRWG2ZGToMsODwWoSH2-4L8zLq2N7Ny6CuBUI6aaxlWlDKPP5fht2-Lmd2jlFsigCP5xIIrzMpb1yOomigR26_fDyZ1PfWIZFMs-g/s400/x76150566_A-man-stands-in-front-of-the-Arbeit-macht-frei-Work-sets-you-free-gate-in-the-former-Nazi-d.jpg.pagespeed.ic.8nc36keh5D.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
Danilo Baldassarihttp://www.blogger.com/profile/07484386513838453815noreply@blogger.com0