quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Oriente


Fechar os olhos.

A brisa que toca sua pele nem sempre é tão confortante quanto naquele dia, o cisma do oriente rachou de vez o mundo, Constantinopla, a então Istambul seria guardada assim como o mar Negro, ao norte da província a fortaleza era obscura e enigmática. A antiga civilização era derrubada pelo tempo. Como poderia aos olhos de Deus, uma das maiores impurezas do século.

A temática era outra, o pseudônimo alterava os graus normais do metabolismo frente ao fundo monetário internacional, hora sim, hora nunca, ora, pois, a metrópole descansava em paz, em plena lua crescente despontando a estrela, referindo-se ao Islã, improvável, sensato, com seus costumes primitivos e mal vistos no ocidente, ainda assim, era o mais correto, apesar dos pesares. Crescia a demagogia que cresce até hoje, inventava-se o que não mais existia.

No monte Olimpo Zeus observava seus descendentes que aclamavam aos céus, pedindo a Hélio uma trégua. O Sol queimava, ofuscava a visão de quem observava atentamente uma busca por paz. Do alto das torres, o sinal de alerta antimísseis, o caos implantado e as bombas exportadas.

Segundos antes do precipício, admirava a paisagem do deserto em pleno inverno, suspirou, respirou fundo. Esfregando os olhos com calma, acabara de acordar, vivenciando um crepúsculo  possivelmente pela ultima vez. O peso do mundo em suas costas fez com que a brisa não só formaria o ultimo ar de seus pulmões, como levaria consigo seu ultimo sopro.

Faltava-lhe o ar.