Entre as cores mais belas que se via, o por do sol se
voltava contra os olhos, fechava-se as pálpebras e mesmo assim alguns vultos
roxeados eram percebidos pela essência.
Todas aquelas pessoas, indo e vindo. Uma escada, corrimões
estranhos, tortos. Faixas avermelhadas no céu entre os cabelos negros por
dentro do véu que cobria a santidade. Num voo rasante descobria que apenas
manipulava o ar ao invés de flutuar, mais rarefeito. Bonito ver os pássaros
mais de perto, juntamente a linha entre a terra e o céu havia meio astro, hélio.
Num rabisco a mais tornava o satélite presente. Um sorriso
denunciava a míngua, o quase fim. Anoitecia com diamantes num tapete
crepuscular. Seria uma noite quente, por hora e por honra. A cerejeira tatuada,
lembrar-se-ia de tons aquarelados, aqueles lábios roseados, olhos negros,
respiração ofegante, vidros embaçados.
Bons sonhos.
E no fim, um Buda em posição da flor de lótus, tons
lisérgicos no fundo.
O astro rei ainda brilhava em suas mãos.