O penhasco está deserto.
Tal como o mar, que se estende desde a rebentação, lá em baixo, até ao horizonte.
Uma suave brisa agita-me.
Ergo a cabeça levemente e semicerro os olhos em busca das fragâncias salinas.
Delas encho o peito e retenho-as até exalar o último átomo de tensão.
Junto à água, uma gaivota desliza em voo rasante, cumprindo o seu desígnio de perpetuação.
Estou num cais, como quem parte, e olho o mar, como quem fica...