Perto do pôr-do-sol, sentados ali, pai e filha.
Ele nunca tinha visto tal beleza e comentava como era rápido o fenômeno.
Devagar por entre as linhas que formavam as nuvens, pareciam de algodão entre cores derivadas do laranja e azul, não se misturavam, contrastavam. A garotinha apontava para outros lados, parecia contemplar não apenas a coroa que se findava no céu junto ao horizonte, ela murmurava e resmungava coisas que pareciam ser adeptas aos novos seres. É como uma inauguração de qualquer coisa, entramos, marcamos nosso espaço e admiramos todas as diferentes coisas, que com o passar do tempo se tornam triviais. A plantinha que crescia na sacada, o risco por falta de tinta que acontecera devido ao tempo, clima e afins, ela contemplava tudo, ao mesmo tempo em que o pai apenas admirava o que lhe era novo. Como já citado, nunca havia visto tal coisa em sua vida e lagrimas teimavam cair de seus olhos durante a cena final.
Aparecendo a mamãe, dizendo coisas sobre a modernidade. Ele beijou-a no rosto, parado no tempo enquanto a luz alaranjada ainda refletia entre as nuvens do resquício de um fim de tarde.
Ficou ali, tempo suficiente para que a noite caísse.