Drivers e motherboards,
espalhados pelo corpo, os circuitos corrompidos e trilhas desfeitas durante as
rotas de desembarque, o BUS já não suportava mais os 5v que ultrapassava as
barreiras.
Entrava luz, pelo nervo ótico a
percepção humana era capaz de criar imagens, já que, alguns artefatos surgiam
no ultimo dia de sua meia vida. Seria substituído então por lentes olho de
peixe e observando de perto o nervo foste substituído também por um cabo de
fibra (um fio de vidro do calibre de um fio de cabelo, revestido por um vinil
estéril). Tendões de Aquiles ou não, criados através de células mortas e cabos
de aço, músculos, cortiça.
Os sentidos criados na robótica,
não convertiam a fé em lágrimas. Assim mesmo o ser humano vivente descendia dos
seres dotados de erros e alguns acertos, sem óleo ou combustível. A criação, em
ferro, aço e circuitos tinha algo que o tornava vivo, seu combustível fora
criado e não mantinha a bateria acesa, muito, aliás, uma bateria que se auto
carregava durante os movimentos circulares que a engrenagem fazia ao ser
acionada pela alavanca giratória. Era como um leme.
Em seu primeiro passo, a vida
passou diante de seus olhos, carregou, correu, caiu, escorregou, aprendeu e
utilizou a memória pela primeira vez, fez daquele passo o primeiro setor do
disco rígido, anotando na pasta do sistema o modo caminhar. Ainda não tinha
muitas utilidades, apenas o básico onde a força era necessária. Foi estranho o
aprendizado e o mesmo se dizia da memória que ninguém poderia prever o inicio
(ou trilha zero) e nem o fim. O montador dizia que seus circuitos eram
autoimunes, matavam setores defeituosos e o sistema imunológico não permitia a
entrada vírus e spywares.
Havia uma antena, em seu ombro
direito que se abria periodicamente em busca de novas atualizações, o sistema
era checado, o hardware reinventado, peças novas a todo o momento eram
lançadas, novas forjas eram construídas e amortecedores instalados. Uma nova
armadura dava proteção contra o frio (era térmica), pele de metal.
Sua memória se apagava com
frequência. Bad blocks, corrompendo as informações até que o sistema
esquecimento e desligamento foram ativados num curto circuito.
Travar os dentes com parafusos
de rosca soberba não acabaria com a dor. As gengivas eram de carne.