Cada vez que olhava para o lado tinha uma nova perspectiva.
Seres dotados de gigantescas formas, como em “confortabily Numb”, do Floyd.
Criava-se um modo no qual nada houvesse sentido a não ser o próprio ego que
gritava dentro de si. Alter ego tornava-se um estranho e sentia-se mal com os
poderes que assumia num curto período de tempo, a casa dos espelhos, em ruínas
tão bem fundamentadas que o único meio de transmissão eram as pontes
sinápticas.
A queda.
Num estranho senso de direção que apontava o norte
erroneamente e tornava o mundo parecido com um modelo diferente do que se via.
Cores voltadas ao escuro, trevas. Num tom violeta esquivava-se dos vermelhos,
como um temporal viu-se em descrença quando cada gota d’agua mantinha seu curso
durante o declínio. Espatifadas no chão transformando tudo em centenas e
centenas de milímetros. O rio seguia seu desígnio tortuoso e complacente.
Quando as bombas caíram, já não restava mais nada ali,
lentes de visão noturna apenas concluíram
o que já era esperado. Dizimados pela artilharia natural de um mundo onde não
apenas os fortes sobrevivem, mas onde também os fracos podem se infiltrar em
meio ao caos urbano instaurado pelos ditos “imperialistas”.
Eu mando, você
obedece.
O céu estava azul, como quando tudo começou. Esquecer
quisera deste lado negro do mundo junto as faces da lua, sem cor, sem medos,
sem vida, sem caos. O ser vivente na época não tinha ideia do que estava por
vir e ainda que as profecias de cumprissem com certo descaso, o iminente
ocorria em larga escala. Nas indústrias eramos explorados, as árvores que
serviam de alimento foram catalogadas, nomeadas e adquiridas por um simples
papel (sobrevivência), e nesta sobrevida, a seleção natural se faz presente.
Fogo, sangue, mutilações e infelizes vitoriosos, entenderam
que para construir é necessário destruir. Fazer o bem já tinha um duvidoso lado.
Fazer o mal já era o incerto. Morriam da cura enquanto aviões ascendiam de
navios grandes e pesados, apenas compreendendo que tudo teria um preço.
As explosões retomaram seu destino, ao amanhecer.