Como se já não fosse por vontade da natureza que os corpos de
completassem naquela noite. A lua, que acima de suas cabeças, fazia um
semblante parecido com uma vela acesa, luz, clara, prateada. Sob um manto
vermelho, apenas sentiam que por dentro, um calor aquecia seus corações que
palpitavam em pouca disritmia.
Prometiam perante aquela união com juras e mais juras. Era infinito,
numa atmosfera intensa, o ar mais rarefeito surgia em nuances e vertigens.
Dançavam juntos como se fosse a ultima vez.
Tocavam-se, olhavam-se (olhos nos olhos), a curiosidade pelo desconhecido
era vencida. A pele arrepiava enquanto as mãos pouco mais ásperas passavam
devagar pelas pernas lisas, subindo pela cintura chegando ao dorso e nuca,
caindo pelos braços. Enfim, mãos nas mãos e dedos entrelaçados. Como se não houvesse
barreiras e como em ondas, chegavam ao êxtase.