segunda-feira, 23 de julho de 2018

O vazio das estrelas - Ponto chave


É um mundo preto, que no máximo se torna cinza.

É a saudade de um lugar que você nunca esteve.

É o choro sem sentido algum.

É a vontade de passar o dia na cama e não haverá nada que mude a sua vontade.

É aquela dor incessante, como uma mordida na unha onde a carne se mistura com a pele seca, com a lasca.

É o cachorro que late de madrugada, a madrugada toda, toda e toda ela!!!

Em meio a isso tudo a gente levanta da cama e tenta levar o dia, alimentar o corpo, pensar em boas lembranças, trazer de volta aquela esperança.

Mas sabe quando você apenas de lembrar do monstro, ele surge de novo na sua cabeça?

O problema é esse, é a mente tentando dizer que chegou ao limite. É uma forma de quebrar as barreiras do imaginário e por em prática o plano “Shutdown” e você entra em um estado de hipnose.

É um questionamento sem fim sobre o que realmente importa e a resposta nunca sai do zero.

É um vazio impreenchível dentro de um corpo inerte.

É um corpo inerte em meio a um vazio impreenchível.

De alguma forma, alguma coisa trabalha fora dos moldes pressupostos pela sociedade, mas, talvez seja exatamente esse o problema, uma produção toda de pessoas que não se moldam no que a sociedade prega como “normal”. São pessoas com uma sensibilidade extremamente frágil onde o menor deslize colocaria tudo a... ganhar? Perder? Mas estes conceitos são tão incorretos... o que se ganha? O que se perde?

É uma explosão silenciosa dentro daquele vazio.

Não existem cores, não existem sentimentos... o nada está ali.

Do nada surge e do nada se acaba.

O câncer da mente.

Sabemos todos que até mesmo um vilão tem bons motivos para sê-lo.

É necessário encarar os problemas para que eles tenham sentido em existir e não apenas pensar que eles existem para nos fazer mal. Afinal, bom e mau, escuro e claro, céu e inferno, são conceitos criados pelo ser humano para controlar as grandes massas e se você não está incluído em nenhum grupo, você é um marginal.

Este é o grande problema, sentimos ódio, raiva e pena dos marginais.

O ódio é um sentimento de repudio e para as pessoas “normais” é assim que os marginais se sentem em relação a si mesmos.

ESTÃO ERRADOS!! IMBECIS.

Você se acha normal por levar uma vida de merda?

Não há motivo. Não existe explicação. O gatilho é puxado sem aviso prévio e quando você se dá conta...

Quer saber o que eu sinto?

Nada.