domingo, 4 de dezembro de 2016

Manutenção

Enquanto as metrópoles cresciam um universo surgia entre as escadas e elevadores dos arranha-céus. Ao observar a beleza do palácio do Kremlin, chegaríamos a cúpula da catedral de São Vito no Prazsky hrad, isso em Praga a cidade cortada pelo Moldava, sob os domínios ainda da Capela de São Venceslau. A beleza da tecnologia nas torres Petronas nunca mais seriam porém um empecilho para uma sociedade que mataria seus ídolos e entrepostos do momento em que a catástrofe nos trás os funerais.

Um mundo de luto e a natureza não sessa, sem piedade, abismos simplesmente brotavam. O homem não haveria de ter, apenas, entretanto, piedade de seus próximos. Em vista a larga escala que se constrói tantas outras estações de metrô, ou mesmo passo em que o mundo se afunda. Sempre haverá aquele que dirá, profanando e doutrinando uma nova religião, seita, credo ou simples fatores mundanos, que delicia.

A mente humana se molda, se cria e sempre encontra uma outra forma, ela se reinventa a cada dia, desde o nascimento até a morte. E a morte, a morte sempre encarada como algo complicado. Eis um funeral, eis uma vida cruel, eis um momento de frieza quando você se dá conta que ao saltar do Burj Dubai, dá-se tempo de pensar qual o propósito da vida, que aliás, sabemos que tudo o que se construiu, sempre haverá de se ficar para as próximas gerações. Edifícios caem, em uma fábrica de poder.

Produzimos bugigangas faraônicas para que a simplicidade de nossos filhos destruam conceitos básicos de sobrevivência. Além do mais, pensando bem, qual é o sentido da vida?
É impossível. É linear. É catastrófico. É bonito. É ressurgido. É rebuscado. É chato. É imposto. É forçado. É real. É irreal. É momentâneo. É formado. É desejado. É longo. É vago. É obtuso. É entregue.

“Em todo caso estarei pronto pra um funeral
Em toda ocasião mais uma vez chamada de funeral”



Não feche a porta. Tudo é uma questão de perspectiva. 

Perpetue.