Estática, não estatizada. Parada mas não sem mover seus pequenos dedos de menina, com quase meio ano. Sim, meio ano, ou, seis meses de vida. Peguei-me pensando em como alguém percebe que se passou metade de um ano, geralmente quando se chega a junho ou julho.
E naqueles papos de senhorinha, de casaquinho marrom e tudo mais, inclusive com aquelas meias e “chinelas” de dias frios, quando uma diz (para puxar assunto) nossa, já se foi o ano todo e a outra emenda, mais metade e acabou.
Ela já tem quase seis meses e ainda me lembro, quando escutei seu primeiro choro, quando fui barrado na porta da maternidade com um BigMac e um CheeseBurguer na mochila para a Lelis não comer só 3 bolachinhas e um copo de chá sem açúcar. Vã tentativa que ainda tentei convencer o rapaz do drive-thru do McDonald’s a vender um TopSunday de chocolate num copo maior porque eu iria “muquifá-lo” também, talvez entre as fraldas. E sem contar que ainda tentei convencer também o guarda noturno a mandar o lanche até o quarto. Vã tentativa mais uma vez.
Acabei sentado na mureta da praça, em frente à porta da maternidade. Olhando para o andar no qual ela situava, há quase seis meses atrás.