Corpos em movimento, enquanto despencavam do barranco de
seus iguais, a mente já era mais fraca que o contexto desta história, o
verdadeiro momento no qual tudo se encaixava apenas no mundo irreal. Se fez
claro quando um helicóptero não tripulado surgiu no céu, arremessando algumas
coisas, caixas.
Literalmente, os bichos saltavam junto ao estrondo que fazia a
desova, era claro também, num sentido metafórico que todos saiam correndo
enquanto as caixas eram arremessadas do céu, visto que em suas ultimas vezes o
pão que surgia do céu esmagava um ser vivente, na terra.
Uma noite, enquanto o terror instaurado desfazia-se em
trevas, ouviu-se ao longe uma simples voz, aguda, calma, calmante e bonita. Era
uma vez ou outra estridente mas no fim, todos dormiram em paz. Era chamada de
fada madrinha.
O meio da noite era o mais intrigante, pois chegavam os
ditos malvados carniçais, matavam os que não dormiam, em suma, crianças. Cortavam
seus pescoços sem muita cerimônia. No recinto, todos aprendiam a dormir (ou
fingir) quando surgia a voz da fada.
Não havia meios de conter os malvados.
Tristeza, chatice,
menos por motivos da segurança dos grandes comandos e numa rebelião, comeram os
carniçais. Pelas últimas desovas, infelizmente a comida estava contaminada com
o sangue dos que morreram esmagados, tanto pelos que buscavam a mesma como pelos
que estavam bem embaixo, “moscando”.
Mataram por fome, não por vingança.