Aurora boreal em pleno corcovado.
Da janela viu as crianças deitadas no chão com as mãos na cabeça, as mães assistiam e tentavam deter a policia que apenas fazia seu papel na sociedade. Mais tarde, aquele menino maltratado pelo PM, o matava com 2 tiros, pelas costas, um pouco mais velho, aquele menino cresceu levado pelo ódio que tinha apenas dos soldados.
Diziam: "Nossas meninas estão longe daqui, não temos com quem chorar e nem pra onde ir, e se lembra de quando era só brincadeira... Fingir ser soldado a tarde inteira?"
Enquanto do lado do morro, a ilha que se formava durante o cerco, ou poderíamos chamar de embargo. Cada criança com seu próprio canivete.
Enquanto isso, o senhor da guerra ainda não gosta de crianças e todos se afogam num copo d’água.
Caiu em si quando olhou para os próprios pés, descalços, com frio, sujo e desgastado do asfalto que corroia toda a carne. Corrompia os maiores e findava os menores.
Subiu uma fumaça mais densa, pipas, aviõezinhos, chamas, bombas, tropa de choque, tanques e a aurora, ainda ali, aliada, pregada no pico do corcovado, que era visto da janela e o redentor, que lindo.