Certas vezes tão incertas a pena vinha pelo tempo
De mais outras vezes o Dragão soprava sem se irritar
Exclamava a pena pelo mesmo compasso a voar
Na mesma altura em que o Dragão surgia com seu sopro de
vento
A pena que resistia a gravidade não tinha um mínimo de pudor
Pobre Dragão que envergonhado fazia uma pose um tanto quanto
bonitinha ao assoprar
O Sol assistindo aquilo encoberto pelas nuvens da montanha
comprovava todo o dissabor
Que o Dragão sustentava ao bater suas asas para arriscar-se
o mais alto patamar
A pena que por si só era traiçoeira
O Dragão que mesmo assim era um menino
A pena se pôs ao chão quase na beira
O Dragão ainda que relutasse mantinha-se exímio
Travou-se a batalha mais incrível de todas as eras
Um Dragão que se irritou com o movimento do vento
Uma pena que subiu a montanha e alcançou os céus e as nuvens
mais belas
Num sopro quente entre floretes transformou sua amiga em poeira,
unindo-a ao firmamento
Com ares de tristeza o Dragão debruçou numa pedra, pensativo
O choque com sua força o fez permanecer recluso
Tamanha era a culpa que o Dragão triste agora não estava
mais altivo
Donde fez sua grande arma cair em desuso.