pelas almas que passam a vida inteira entregues ao acaso de se perder em meio ao mundo.
Deleitem-se ao menos do prazer de carregar consigo mesmos
seus medos, angústias e atrevimentos. Levem suas lições e assinem suas próprias
sentenças.
O mundo é hostil, é inóspito, o oxigênio que nos dá a vida é
o mesmo que aos poucos a tira. A natureza não é amiga, somos parte dela e de
sua cadeia alimentar. As pessoas são sacanas, são safadas, é de natureza do ser
humano levar vantagem em tudo e são pouquíssimos os casos dos que se eximem
desta culpa.
A maior parte destes vive sob as sombras do próprio egoísmo
e do mal que faz pensando apenas na própria sobrevivência. A todo momento
extraindo tudo o que a vida pode fornecer e quanto mais fácil, melhor.
A noite é dos coiotes e só sobrevive quem de fato se encarrega
de fazer parte da matilha ou se arma contra estes que procuram a carniça. Ainda
que na matilha, sabemos que a moeda de troca nunca será a lealdade. No mundo de
hoje, depender apenas de si mesmo é a grande valia.
Para o que está fazendo!
Observa a tua ação!
Pensa se fosse na tua pele!
Agradece mais do que pede!
Segue a sua vida!
Percebe quem são seus inimigos!
e, não tenha medo..."
Os coiotes tendem a temer quem não os teme.