terça-feira, 28 de junho de 2011

Tão Distante - Parte 2 - O Passado

“Ashkaril contava em detalhes como Yvel pôde chegar àquele momento. Yvel por sua vez custava a acreditar que toda aquela fantasia, podia ser verdade.”

- Então Yvel, viemos de uma dimensão onde a guerra ainda persevera. O exercito inimigo estava avançando sobre nossas forças e você foi capaz de chegar até o centro do comando, onde eles mantinham os laboratórios, controles e todo o equipamento bélico. Você chegou até lá, te vi cair de uma altura de uns 200 metros e no vôo rasante você foi atingido. Recolheram teu corpo e não pude te resgatar. As forças inimigas ainda controlam boa parte do nosso território.

“Yvel não acreditava em nenhuma palavra dita por Ashkaril.”

- Que historia boa, você já pensou em contar isso pra Luna e Aliek?
- Podemos ir até a sua casa, verá com seus olhos que o que digo é verdade. 
- Vamos!

Não acreditei em uma palavra que dizia esse tal de Ashkaril, algo me amedrontava em suas palavras, eram tão seguras e convincentes. Tenho realmente medo de não encontrá-los em casa, o que farei se isso for real? Abrir a porta de uma casa vazia, meu coração se esvaziaria ao mesmo tempo, eu perderia qualquer esperança de sobreviver aqui. Entregaria-me aos predadores, colocaria um fim nisso tudo num piscar de olhos.

“Yvel estava aflito simplesmente, queria chegar logo em sua casa. Ver que Luna e Aliek estavam bem e que Ashkaril se não fosse apenas uma ilusão, seria um ser maligno e então seria necessário combatê-lo, mas até lá a caminhada seria longa.”

Não sei como estou andando há tanto tempo sem me cansar, sem sentir frio e muito menos fome, algo está acontecendo, não sinto meus pés na neve é como se eu estivesse andando no ar.

- Yvel, podemos chegar mais rápido se quiser.
- Não, vou com minhas próprias pernas.
- Não é necessário, você também pode voar.
- Voar, não diga besteira.
- Tente.
- ...
- Vamos, você era um dos melhores aéreos que nosso exercito tinha, ou têm.
- Batia de frente com as altas patentes, inclusive com Grindev.
- Quem é Grindev?
- Grindev é um dos concorrentes ao cargo da mais alta patente dos Aéreos.
- Mas se ele é tão bom. Por que é só um concorrente?
- Porque houveram rumores que você estivesse vivo. E você está.
- O que você quer dizer com isso?
- Quero dizer, que você é um forte concorrente ao cargo.

“Yvel abaixou a cabeça e não pronunciou uma palavra.”

- Prove para você mesmo, salte e voe.
- Claro, bancar o babaca e me esborrachar no chão.
- Você não confia no seu amigo aqui?
- Nem conheço você, como confiaria em alguém que chega falando um monte de barbaridades e maluquices. 
- Okay. Chegaremos a sua casa em sete dias, vou contando toda sua historia, quem sabe você não se lembra.



segunda-feira, 27 de junho de 2011

Tão Distante - Parte 1 - O Passado

“Yvon caminhando por mais alguns metros podia sentir seus pés não mais afundarem na neve, sensação estranha não fosse Ashkaril aparecer novamente, como uma fumaça que toma forma em sua frente, uma névoa.”

- É. Você é real.
- Sim Yvon, sou real, estava a sua procura faz muito tempo.
- Okay, não vou lutar nem correr, diga o que quer de mim.
- Vim buscar você. É hora de continuar nossa jornada.
- Que besteira é essa que você está falando?
- Nossa jornada, rumo ao submundo. Precisamos de sua ajuda. E agora você está livre nobre Yvel.
- É YVON, não Yvel...
- Não meu caro, seu nome é Yvel. Anjo Caído como eu e nosso exercito, Por algum milagre o mercenário sodomita lá de cima te colocou entre os mortais.
- Ham?
- Posso te provar.
- Pois não perca tempo.
- Lembra-se de seu passado?
- Sim... Lembro...
- Tem certeza do que diz? Diga o nome de seu pai ou de sua mãe...
- ...
- Quem sabe algo mais recente, digamos, lembra-se de Lena no período em que Aliek estava em seu ventre?

“Yvon (ou seria Yvel), sentou-se no chão coberto de neve, não lembrara de nenhum momento, nada que Ashkaril perguntava ele tinha uma resposta concreta, percebeu então que sua vida foi colocada naquele corpo.”

Porque fizeram isso?
Punição divina ou algum tipo de brincadeira, não pode ser, mas e Lena e Aliek, como aconteceu?


“Agora chamado de Yvel, não sabia como ao certo estava ali e porque não se lembrava de seu passado recente, alias, sabia sim porque estava ali mas os acontecimentos foram modificando o rumo de tudo o que estava planejado. Ashkaril, consolava de forma fria Yvel, que ao mesmo tempo tinha muitas perguntas a fazer... entramos a partir de agora, no Passado antes do inicio.”








sexta-feira, 24 de junho de 2011

Eis que surge o inicio, o meio quem sabe... e o fim? será que se justifica?

Não há mais razão para tentar compreender que o ser humano é capaz de pensar em algo totalmente abstrato a ponto de que o corpo responda a movimentos totalmente subconscientes.
Qual será a teoria do caos que explica essa mente que sobrevive na obrigação de exprimir, experimentar, espremer, suprir, subir, vencer, cair, morte!

Onde mais o mundo de hoje pode explicar que realmente está perdido?

Ode ao mundo moderno!

- Alo? Quem é?
- É da pizzaria, vocês estão afim de uma pizza?
- Depende, que sabor?
- Ai quem me diz são vocês...
- Vai, me vê cinco pizzas de mussarela com inhame.
- INHAME? mas que afronta...
- Nunca pediram inhame?
- Há... entendi sexo...
- Porque raios alguém pediria uma pizza de mussarela com sexo?
- Vai saber, quem sabe um tarado por laticínios...
- Tá.. tá... tudo bem... mas, como que você entendeu sexo, quando eu disse INHAME?
- Minha audição não é das melhores, desculpe...
- Okay... okay... traga as pizzas então...
- Sim senhor. São 30 reais cada pizza...
- 30 mangos cada uma? Você é louco?
- Hãm? Nem cobrei pelo sexo...
- Mas eu não pedi sexo...
- Tá... mas nem um pouquinho? Para dar uma apimentada?
- Humm... okay... pode ser. Ela faz strip?
- Sim, muito bem...
- Okay... manda! (do outro lado podia se ouvir os gritos e palavras de alegria)
- Mais uma coisa... posso colocar o serviço da limousine incluso?
- Limousine?!!!
- Sim, ela vai de limousine.
- Ai ai... quanto vai sair essa brincadeira?
- 400 mangos.
- Perai.

Ouvia-se as palavras em burburinho do pessoal, fazendo a divisão do valor.. a dita raxa.

- okay, manda tudo...
- Pizza, putinha e limousine.
- 5 pizzas, 5 putinhas e 5 limousines?
- NÃO... você quer me foder?
- Calma senhor.. estou mandando putinhas fêmeas, as machos são mais baratos se for do seu agrado.
- CREDO! manda uma femea, com 5 pizzas e a tal limousine.
- São 600 mangos.
- Você havia dito 400...
- Há, desculpe, conta errada.
- Sei.
- Estou mandando então, abraços...
- Abraços... hey, não quer meu endereço?
- Não precisa, acha que eu peguei seu numero onde?
- Há, desculpe...
- Tudo bem... 30 minutos estará desfrutando da melhor pizza da cidade.
- Assim espero, 400 mangos né!
- Sim sim.
- Tudo bem, fico no aguardo.
- Okay, abraços.
- Abraço, tenha uma ótima noite.
- Você também.

Ao fim todos mais aguardavam a putinha, que pizza de mussarela o que... né?

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Repetimento inexato - Alex



Um dia comum para Alex, estava acostumado com o clima tenso daqueles tempos.
Ao acordar, tomou um banho rápido, se vestiu com a camisa do partido, sabia que a parada seria reprimida pelo exercito, mas mesmo assim queria fazer parte, lutaria por um país livre.

Beijou sua mãe de uma forma diferente, sabia que poderia não voltar mais, mas não deixou transparecer não queria preocupar dona Eva e nem que ela se pusesse ao perigo de segui-lo. Ela sabia que Alex tinha fortes influências para brigar contra o sistema, seu pai, torturado e morto pelas forças do governo.

Era bem cedo, o sol nascia ainda por entre os prédios comercias e residenciais que se misturavam de forma homogênea. Não se sabia ao certo se daquele dia em diante as coisas mudariam, Alex, queria ver a mudança. Por isso se organizou para que a passeata acontecesse e realmente aconteceu.

Saíram diretamente dos portões da faculdade, muitas pessoas gritando o nome da pátria:
- BRASIL! QUEREMOS NOSSA LIBERDADE!
- BRASIL! LIBERDADE!

Aquela multidão gritando e marchando no caminho da rua principal. Transito congestionado, alguns ao ver a multidão, saiam de seus carros para protestar também outros se recolhiam em suas casas com medo da represália, mães correndo com seus filhos pequenos buscando proteção, temendo o pior.

Tiros eram ouvidos, vindos do cerco montado a uns 2 km da sede do governo.  A multidão começava a se dispersar, porem alguns ainda mantinham a marcha e apertavam o passo, o som de vários tiros e calmaria, Alex é atingido no peito.

Caindo ao chão, sem movimentos, poderia mais tarde ver Carlos correndo ao seu encontro, Alex ouvia alguém gritando seu nome, um som abafado pelos gritos das pessoas atingidas ou até mesmo pelo som dos tiros, o levantando do chão. Carlos estava horrorizado com a cena e com todo o clima, com as mãos literalmente lavadas pelo sangue de Alex.

O medo tomou conta de Alex, que em um ar de desespero dizia:
- Meu camarada, diga a dona Eva, que eu morri por nosso país, diga a ela que não haveria melhor mãe, diga que eu a amo.

Alex não tinha mais controle sobre si mesmo.
Antes de fechar os olhos, veria Carlos chorar pela primeira vez. Alex chorou também, lagrimas caiam de seus olhos antes de perder os sentidos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Atenção Passageiros

Estamos sobrevoando neste momento uma vida sem sentido algum...
Graças ao caos deste mundo moderno...
Mesmo que ele se ajeite, restarão as sequelas.
Será que vai chover?


Este frio derruba sobre nós uma espécie de nevoa...
Cega, congela, prende, mantem sob as forças distintas...
Morro de raiva ou de tédio?
Será que se importariam com a causa mortis...


Olho na janela, a chuva ainda persevera, caindo sobre o telhado do vizinho...
Longe dali, estou escondido, raios dançam no céu ao som exímio do trovão...
A cada dia que se passa, um dragão é morto por minha espada...
Sangue corre em minhas veias e teu semblante paira no ar...


Era claro espelho d'água... perfeição que a pedra destruiu...

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Confessionario...

Confesso, as avessas...
Não mais temo o que não me é de direito temer...
Confesso que não posso evitar certos tipos de coisas...
Não posso evitar simplesmente que o sol nasça ou que a grama cresça.

Mudo o que pode ser mudado, o que deve ser mudado.
Se acho as coisas abomináveis, ignoro-as
Se acho aceitáveis, permito-as...
Unicamente pois sou completamente responsável pelos meus atos.

Confesso... que... eu... não... mais... posso... correr... riscos... 
mas... se... me... arrisco... a... isso... não... mais... vivo!

E que a vida seja longa, para que eu possa fazer muita merda...
E que os minutos sejam horas, quando for do meu agrado...
E que as horas sejam segundos, quando me entediar...

Acho que é isso... 
sem pensar muito no amanhã... 
sejamos o hoje, com base no ontem... mas sem esquecer de viver somente o hoje.

"Se o mundo é realmente o que vejo... então prefiro ver o mundo do meu jeito"

Abraços calorosos.

Dan Baldassari


sexta-feira, 17 de junho de 2011

Repetimento inexato - Carlos

Carlos acordara naquele dia com um gosto amargo na boca, não bebia há muito tempo, não estava de ressaca, estudante das ciências sociais, fazia parte das altas do movimento estudantil em prol da liberdade, conseqüentemente, seria opositor ao atual governo.
Não suportava mais a ditadura. Repressão e censura.

Tomou seu café, como todos os dias. Respirou fundo, admirando sua bandeira Socialista esticada na parede.  Barba por fazer, coisa que jamais acontecera, Carlos fazia a barba diariamente.

Foi caminhando para a faculdade, as ruas estavam movimentadas e o trânsito parado, uma passeata acontecia, Carlos, sabia que iria acontecer, mas não antes que ele pudesse chegar ao local combinado, olhara em seu relógio, quebrado, os ponteiros não se mexiam. Carlos perdeu hora. A passeata ocorrera sem ele. Os lideres seguiam sua marcha e Carlos correndo atrás para tomar a frente junto com seus companheiros.

Ao longe se podia ver que a policia armou cercos, mas para sua surpresa a passeata não se desviou, foram de encontro, não foram para confrontar, seria apenas um ato pacifico até então.
Estavam armados e não pouparam esforços. Abriram fogo sem misericórdia, todos começaram a correr em sentido contrario, mas não Carlos, que ao ver seu amigo ao chão ferido com um tiro no peito, Alex, fora atingido por um dos soldados.

Com as mãos ensangüentadas, Carlos que viu seu amigo morrer em seus braços, teve seu primeiro contato real com uma revolução, não pensava mais em sobreviver, seu real desejo seria uma pátria livre. Correndo em direção ao estandarte, caído ao chão, conseguiu reergue-lo gritando na rua em meio à multidão que corria para se proteger dos tiros:

- BRASIL! MINHA PATRIA DESEJO-TE LIVRE!

Quatro tiros perfuram seu corpo.
Sem forças, porém não desistiu de carregar o estandarte, que caia ao chão.

Carlos estava morto e a bandeira tremulava ao vento, também ao chão. 


quinta-feira, 16 de junho de 2011

Repetimento inexato

Porcos... (André dizia com raiva)
...esqueça, jamais alguém irá ler isso. (Wagner apartava)
Não me interessa, são uns porcos...
...calma meu amigo, nosso dia vai chegar.
Há se vai... pode ter certeza.
...apague isso então.
Não!
...apague!
Não vou apagar nada, vou deixar aqui para que saibam tudo o que penso deles, PORCOS! (André gritava em prantos)
...calma cara, isso não leva a nada, você é bom, nós somos uma família, estamos aqui para ajudar.
Bastardos, não creio que isso aconteceu, NÃO POSSO ACREDITAR!! (André chorava compulsivamente)
...vamos cara, vamos embora, chega de confusão por hoje, você precisa cuidar do seu braço, está sangrando, amanhã é um novo dia. (Wagner abraçava o amigo e o levava para casa)

Naquela noite, em que André foi testemunha de mais uma violência de PMs contra estudantes.
Houve um massacre, 30 pessoas mortas e no minimo 150 feridos durante a passeata realizada em prol da liberdade de expressão.
Algo saiu do controle, gerando toda aquela algazarra.
André estava inconsolável, repórteres fotografavam o cenário de horror. 
A ditadura mostraria mais uma vez sua face.


Bom dia...

Yvon está de folga, acho que judiei dele demais essa semana, vou parar de escrever Tão distante todos os dias, ele já pediu misericórdia, penico e está a beira de um ataque. Até me ameaçou com o rifle dele. Mas fazer o que? Necessário escrever né...

Poemas, testículos... vísceras aparecerão. Por que não? :D

Hoje me deparei em um dilema, como um ser ou não ser.

Optei pelo ser, me convenci que nada vai mudar se a mudança não vier de mim. Nada vai acontecer se eu mesmo não fizer por onde. Li Porto - Galápagos, no Catalogo Suicida da Lô, os textos dela são fantásticos.
Tem a serie Jornais também e a Nairobe que realmente, me fascina.

Opinião critica não rola, não sou de criticar. (PAUSA). Sou sim, critico, se o filme é ruim, eu durmo. Meu corpo talvez se acostumou com isso, minha cabeça diz que é ruim, ele já vai desligando os sentidos, se aconchegando num cantinho qualquer e pronto, sono profundo. 
Alguém acredita que eu acordo durante os créditos finais sem necessidade de me chamarem? Pois é.

Mas vamos aos fatos. Que de enrolação o mundo está cheio.

Já leram as noticias de hoje? 

Jogador preso após 15 anos de processo, PORRA, 15 anos para se fazer justiça (ou não).
Fiquei pensando, será mesmo que justiça foi feita?
Não que ele poderia ser inocente, mas, acho mesmo que acabou a grana dele. O nosso amigo jogador de futebol, que deu tantas alegrias a milhões de torcedores, está preso depois de 15 anos de julgamento, isso é justiça? Na certa acabou a grana dele e não sobrou mais nada para molhar a mão de nenhum outro pilantra.
Sinto muito, mas é essa a concepção que tenho da "justiça" brasileira.

Leilão de quadros pintados por Antas, alguém me belisca...
Tudo bem, são bichinhos legais, que estão aparecendo agora na cena artística, com quadros abstratos, mostrando todo o sentimento guardado por anos e anos de repressão. Como dito na noticia, uma delas, só pintaria se caso tivesse maçãs para beliscar durante a criação. Pelo menos, algo barato né, imagina se ela resolve pedir carnes nobres ou então num ato excêntrico e prepotente... cabeça de bacalhau.

Está rolando também que o o novo protagonista de "Two and a Half Men" Ashton Kutcher esteve na passarela com a top model Alessandra Ambrósio desfilando pela Colcci . Bem... e eu com isso? (Proximo por favor)

Rihanna é a nova embaixadora do turismo na ilha de Barbados... (PAUSA)... (PAUSA-2)...
É... Próximo?

Caso Cesare Battisti, deu pano para a manga né?
Perseguição politica é uma coisa estranha. O governo armando contra um coitado ou um MacGyver botando pra foder com o mundo e buscando safar-se disso com a lei.

Battisti, ex-integrante da organização de extrema-esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC), Cesare Battisti foi condenado pela Justiça italiana à prisão perpétua por quatro assassinatos, ocorridos no final da década de 1970. Certas coisas, levam tempo.
Será mesmo que ele poderá se defender das acusações na Itália?

Acho que ele não sai vivo dessa se for extraditado. NA BOA.

A bolsa está em leve alta, o dólar em queda, cotado a R$1,56...
Em Araraquara minima de 11º C e máxima de 24º C...
Na abadia de Westminster a minima é de ...não interessa... e a máxima também não.

Alguem aí lê horoscopo? 
ai vai o meu!

Touro - Clima astral ainda instável pra gastar dinheiro, mas ótimo pra pagar dívidas pendentes! Sol e Mercúrio garantem sua boa estrela junto ao gerente do banco. Seja flexível e pense nas ideias dos colegas e dos colaboradores. No amor, quebre a cerimônia!

Bom, chega de papo... Abraços.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Tão Distante - Parte 7 - O início

“Ashkaril olhava para Yvon, como um grande amigo quem não vê o outro há muito tempo, olhava Yvon com um sentimento fraternal. Yvon por sua vez, tentava decifrar o que estava acontecendo naquele instante. Sua visão estava ficando embaçada, Yvon não entendia muito bem o que estava acontecendo, nada daquilo fazia sentido.”

Fechei os olhos tentando fazer com que minha visão voltasse, abri-os e lá estava, deitado ao chão novamente. Um sonho? Um simples sonho? Não pode ser possível, não é possível... Foi tão real, eu realmente vi aquilo tudo acontecer, não posso acreditar.

Mais uma vez minha cabeça parecia explodir, mas aquilo já não era incomodo, me acostumei a aquilo e prosseguiria viagem, já estava a um tempo longe de casa, vagando por estes cantos. Nada de anormal, já estive mais de trinta dias longe.

O sol tocava minha pele, previsão de que a estação mudara. A neve ainda não havia parado, mas o frio poderia estar amenizando. Meu corpo estava dolorido após esta noite, não sei quantos dias estive estirado naquele chão.

“Yvon não tinha mais idéia do que fazer, após todos aqueles contratempos, não conseguia mais raciocinar, perdera o foco de sua empreitada. Não tinha em mente que seria tão difícil.”

Aquela casa distante, ainda estava em meu campo de visão, vou até lá, seja quem for que esteja lá, vai me ajudar a me localizar, para que um novo lugar seja construído. Aquele anjo ainda esta em minha mente, não acredito naquilo que aconteceu. Como eu poderia fraquejar daquela forma... Como que o tiro se transformou em pó ao tocar seu corpo. Sou guerreiro por nome e natureza. Mas, aquela luz. Aquela força. Ainda o verei novamente. Se aquilo foi real, eu o verei novamente.

“Perplexo com o acontecido, confuso, porém recuperou o foco e voltou-se a buscar aquela casa distante a qual podia crer que ali encontraria ajuda.”
Meu rifle pendurado em meu ombro, avistei um cervo ao longe, luneta ajustada para grande distancia, uns 100 metros mais ou menos, precisava de alimento. Mesmo ritual de sempre, única bala na agulha, tiro em pé, sem dificuldade apesar da distancia e do vento soprando para o lado atrapalhara um pouco, mas enfim.

Ao atirar, vi minha bala se desfazendo durante o trajeto. Fiquei perplexo, novamente. Mas desta vez soltei um palavrão para aliviar o stress:

- FILHO DA PUTA! QUE CARALHO ESTA ACONTECENDO AQUI?? PORRA!!!!

Fiquei nervoso, toda a raiva que eu podia ter, já estava cansado, com fome, não aguentava mais esta situação. Alguém estava brincando comigo. Mais um sonho? Não aguento mais... CHEGA!

“Por mais uma vez, Yvon se via num momento estranho, confuso de tudo o que podia acontecer, de tudo o que estaria acontecendo. Permaneceria caminhando, em busca daquela casa tida como foco principal, nem ligava mais se tinha dores, se tinha fome, estava anestesiado. Buscara agora, cumprir apenas o objetivo.”

Anfíbio

Dizem que em sua maioria, as pessoas padronizam o ser imutável. Buscam a todo custo provar a ele, que o comum é o correto. Mas realmente seria correto ser o comum dito normal? Surgem anfíbios, mudando de lado a todo momento, causando a discórdia entre gerações, gerados e geradores. Para não falar dos graduadores e formadores de opinião.

Opinião publica, maioria. Que ditam as regras, apontam o dedo no nariz de todos, dizendo que ele está errado por não pular da ponte como aqueles cinqüenta homens que pularam. - Você está errado, deveria fazer o mesmo. Deveria ter uma vida regrada.

Publicamente, vão aos púlpitos, eximiamente declamam seus direitos e deveres, vomitam na cara da opinião publica e revolucionam o país, para não dizer o mundo.

Qual seria mesmo o dever de um ser comum, comum não, padrão. Com certeza seriam os mesmos de qualquer um. O anfíbio está em vossas vidas, convivendo com vossos filhos, talvez você mesmo ai que lê este blog. Pode ser um deles.

Caminhemos então, um dia prosseguiremos sem que as diferenças sejam impactantes, que sejam apenas reais. Talvez vossa concepção de mundo seja tão atrasada ou talvez a minha que seja um tanto quanto adiantada, ou então estamos no tempo certo e debatemos por um simples orgulho mal vivido, quem sabe...

O ser humano dotado de inteligência para compreender e porque não, aceitar?

Muita calma mundo moderno. Um dia teremos um lugar ao sol.

Abraços.
Dan

Fragmento: Lacrimosa - Schakal

"Secos estão também meus beijos
Que um dia eu dei com amor
Esparramados num rochedo
Esmagado entre os rochedos e espalhado
Sob os fragmentos ardentes do meu centro
Eu espalho minhas lágrimas no fogo incandescente
As flores dela murcham em minhas mãos
Sua saliva coagula em minha boca

Eu arranco meu corpo da inundação
O anjo atira as asas dela no fogo incandescente
Eu expurgo meus pecados
Ela abre a sua faringe
Eu lambo seus ferimentos com minha boca
Eu beijei seu coração
Amei sua carne no portal
A lingua dela petrificou-se aos pés do monumento
E as suas cinzas se espalham sob os anjos
Eu só quero viver"

terça-feira, 14 de junho de 2011

Tão Distante - Parte 6 - O início

“Naquele momento, Yvon sabia que nada iria adiantar. Se via paralisado, imóvel. Percebe que a sua volta, não há neve, e o frio já não tocava seu corpo com a mesma intensidade, o clima era moderado, agradável. Abrir os olhos, para Yvon foi como se um pesadelo tivesse inicio. Ele via um céu vermelho como o fogo, as nuvens eram negras como fumaça.”

Ao momento que me vi naquele cenário horrível, foi como um pesadelo, mas não me senti mal, aquela paisagem não me dava medo, eu estava livre daquela paralisia. Quando vejo um ser vindo em minha direção, tinha forma humana, mas, possuía... Asas?
Sim, ele iria se aproximando de mim e cada vez era mais nítido, era sim um ser humano com asas. Pensei em fugir, mas como faria isso neste lugar?
Meu rifle estava em minhas costas, empunhei-o fazendo mira no ser que se aproximava.

- PARADO! (Yvon com voz de autoridade)
O ser continuava sua aproximação.
- EU DISSE PARADO! (Yvon não assumiria nenhum sentimento de medo, de modo algum poderia)
Sem efeito.
- EU VOU ATIRAR! (Yvon armando o rifle)

O ser parou, com uma voz branda pronunciou suas primeiras palavras:
- Não adianta atirar nobre senhor, aqui essas balas se desintegrarão ao tocar meu corpo.
Yvon com voz de desafio:
- Isso é o que veremos! (Puxando o gatilho)

“Em câmera lenta, podia-se ver a bala saindo do rifle T3 de Yvon, percorrer toda a distancia entre eles e ao tocar o corpo do alvo... virar pó.”

- Eu disse. (O ser exclamou enquanto continuava caminhando ao encontro de Yvon)

Minhas mãos fraquejaram, meu corpo todo fraquejou ao ver aquela cena, derrubei meu rifle, estava paralisado pelo momento, não estava com medo, estava surpreso. Algo errado estava acontecendo, algo muito confuso, apesar do clima de horror ao qual eu fui submetido, eu não poderia demonstrar medo ou tentar correr, já que estava em território inimigo, alias, não haveria porque ter medo, se ele quisesse me matar, já haveria o feito. Se estou aqui, devo servir para algo.

“Estavam frente a frente, criatura e Yvon, num momento ímpar, num momento em que era muito esperado por Ashkaril, um anjo caído. Considerado um demônio por muitos, expulso do paraíso segundo as lendas, um ser dotado de asas, vivendo sua eternidade naquele cenário perturbador, encontrou um caminho para a outra dimensão.”

- Enfim te encontrei. (dizia Ashkaril com tom de alegria)
- ... (Yvon não pronunciara uma palavra, estava emudecido pelo acontecimento)

Eu estava surpreso, admirado, tamanha a beleza daquele ser, monstruoso e ao mesmo tempo divino, seus trajes diferentes uma túnica preta, com detalhes em vermelho e branco, ele tinha um braço de ferro, suas asas eram cobertas de penas azuis. Não poderia esconder meu tom de surpresa, eu mal poderia abrir a boca e soltar qualquer som.

“Yvon não pronunciara uma palavra, estava parado de frente para Ashkaril. Somente ouvia o que ele dizia e mais nada. Não podia se mover, rifle ao chão denunciando o momento de vulnerabilidade.”

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Humildemente...

Céu negro sobre nós
Cena de filme, vejo por entre as nuvens os raios de sol
Tentando a qualquer maneira justificar sua existência
Vejo que nada pode para-los, a não ser que a nuvem se faça mais espessa.

Impressão de que o sol iria morrer
Seus raios seriam perpétuos.
Continuo, paralelo, apenas finito.
Seriam apenas raios de luz, perfurando a massa esfumaceada.

Luxuria.
Medo.
Carência.
Estupidez.
Violência.
Incompreensão.
Divisão.
Diversão.
Introversão.
Desobediência.
Altivez.
Vivência.
Cedo.
Alforria.
...........morte!

Tão Distante - Parte 5 - O início

Ainda atordoado, buscando aquelas imagens em minha cabeça. Não sei como e nem porque aconteceu. Sei que aquela luz, raio, espectro, de algum lugar surgiu e sumiu diante de meus olhos. Que sensação horrível, aquilo está me assombrando ainda enquanto acordo. Maldito pesadelo.

“Yvon, camponês, atirador nato como pudemos perceber. Descrente de qualquer coisa, a não ser a matéria. Somente acreditava, naquilo que podia tocar. Preferia acreditar que aquela luz foi somente algo de sua cabeça, sabia que não era real, mas acreditar em uma ilusão ou miragem seria mais confortável para si. Porém, é claro, aquilo ficou por horas mantido em seu pensamento.”

Eu não podia mais suportar aquele tormento. Iria perder a calma cedo ou tarde. Minha cabeça latejava, estava para explodir. A dor aumentava a cada passo, nada parava aquilo. Em um movimento de desespero, bati com meu rifle em minha cabeça, vários golpes, a dor cessava.
Desmaio.

“Yvon caído ao chão, estava realmente sendo observado, por um ser dotado de asas. Asas com um aspecto angelical e ao mesmo tempo malévolo. Este ser o seguia desde o episodio em que passou a noite em claro. Um anjo caído, expulso do paraíso, se manifestara em forma de luz. Causando este paradoxo.”

Enquanto abria os olhos, podia perceber meu corpo flutuando, minha dor cessara. Talvez pelos golpes que ainda esteja atordoado. Mas estou FLUTUANDO? (ao mencionar, despenca ao chão coberto pela neve e levanta-se rapidamente procurando a causa daquilo:

- O que está havendo aqui?
- Quem está ai?
- Não me obrigue a atirar... (empunhando seu rifle)
- QUEM ESTÁ AI??

“Não adiantava gritar, perder a calma. Nada parecia se mover naquele instante, Yvon não tinha mais forças para lutar, estava em pé e somente em pé, seus braços apoiavam o rifle, e nada mais, um vento forte o derrubaria. Coração de guerreiro, mesmo sem condições não iria sucumbir, era admirável vê-lo em pé, mais que isso, era emocionante. Ele jamais iria se entregar.”

Minhas pernas não agüentam mais, não sei o que ocorre, sinto algo tomando controle sobre mim, algo está manipulando meu corpo. Não consigo me mover, o que acontece? Minha voz se perdeu, escuto um zunido dentro de minha cabeça. Insuportável!
Lena e Aliek, observando o horizonte, buscando indícios de Yvon:

- Mãe, estou sentindo um aperto no peito.
- Aliek fique calmo, me diga o que acontece.
- Não sei, temo que meu pai esteja em perigo.
- Calma filho, seu pai já passou por muita coisa, ele vai voltar (espero, pronunciando em voz baixa)

“Yvon já estava sob o controle do ser das trevas, temendo a própria vida, temendo pela vida de Lena e Aliek. Não sabia o que fazer. Uma situação complicada. Era somente uma força reagindo sobre ele, o Anjo caído, nem sequer se mostrou em face e corpo.”

- Preciso sair daqui, farei qualquer coisa. Nada me impedirá. (Yvon em tom de desafio ao desconhecido)

sábado, 11 de junho de 2011

Nada a declamar

Entre a crença e a ciência...
Entre o céu e o inferno...
Entre o bem e o mal...
Entre a sorte e o azar...
Entre a terra e o mar...
Entre o dia e a noite...
Entre o escuro e o claro...
Entre o grito e o silencio...
Entre tudo e o nada...
Entre o amor e o ódio...
Entre a coragem e o medo...
Entre o sim e o não...

...sempre haverá, o meio termo.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Tão Distante - Parte 4 - O início

Podia sentir o vento rasgando minha pele.
Já havia três dias desde a minha partida, meu corpo devia estar acostumado ao frio, alias, nasci neste local, cresci brincando no gelo, não era normal meu corpo estar tão fragilizado.
Ainda sentia um peso nas costas, devido ao cansaço de uma noite em claro, eu sentia a presença de algo, que situação perturbadora, olharia para os lados sem encontrar nada. Senti-me perdido, aquela casa, distante de meus olhos, parecia cada vez mais distante. Uma miragem talvez? Mas como poderia ser? Tão real...
Caminhando, sem nem ao menos me importar com as condições físicas, meu corpo precisava de descanso, cheguei ao esgotamento. Definitivamente não poderia continuar.
Mantimentos se acabando. Adormeci.
“Lena e Aliek, durante um almoço...”
- Mamãe, o Pai vai demorar muito?

- Não sei meu filho, talvez Yvon demore alguns dias, em sua ultima vez que fez isso, demorou um mês para voltar e aqui estamos.
- Gostaria que ele estivesse aqui com a gente, tenho ouvido vozes durante a noite, na janela do meu quarto. Logo após, escuto os lobos uivando. Tenho medo.
- Vozes? Que tipo de vozes? Os lobos estão por essas bandas fazem um tempo, mas não se preocupe, eles não entrarão aqui.
- São vozes, como se alguém estivesse me chamando lá pra fora: “- Aliek... Aliek... chegou a hora menino, estamos esperando.”
- Que horror e você se sente atraído por isso?
- Claro que não mãe, tenho muito medo. Nunca vou sair daqui.
- Se tiver problemas, me chame, ficarei alerta a partir desta noite. - Ok.

O sol nestas horas não estava se mostrando, parecia que já estava de noite. Perdi a noção do tempo e a escuridão tomou conta de tudo. A luz do sol estava lá mas parecia encoberta. Eu estava confuso, atordoado, cansado ainda, mesmo após o sono. Talvez fosse a falta de alimento. Seria necessário caçar. Empunhei meu rifle, em busca de algo. Lobos a frente, contei nove.
Arma carregada, luneta ajustada, posição de tiro (eu estava em pé), minha capa se agitava com o vento, a neve começava a cair novamente bem fraca, mas seria o prenuncio de uma nevasca. Mira feita, ao som do tiro que se espalhou por todo o território permitido. Animal abatido. Continuei somente a observar o corpo sem vida caído ao chão, já que não estaria seguro ali, como um fantasma, não fui visto, aguardei que os outros integrantes do bando tomassem uma distancia razoável para que minha aproximação fosse feita.

Enfim, carne para mais uns dias, dois no maximo pois ao mesmo tempo que o sangue alimenta ele também atrai predadores e a carne se congela neste frio que faz, impossibilitando alimentar-me por mais tempo que o necessário.
A neve já caia mais forte, eu lutava contra o vento que vinha de encontro. Avistava aquela casa ainda, luzes acesas. Continuei caminhando, não mais sem rumo, agora com um objetivo, chegar até o local.
Uma luz brotou da neve, como um raio se desfez, em minha frente. Lembro-me de ter caído de joelhos, meu corpo perdeu a força e os sentidos. Novamente...
Mesma cena passada, porém não houve dores, mas... aquela luz... de onde surgiu?

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Silêncio Travado

Em meio as chamas, deslizando sobre os feixes de luz.
O fogo ainda queima.
Rastejando sobre o combustível, deixando suas marcas, traços.
Refaz o descaso, descuida, atrasa.
Cai no sono, desperta em brasa.
Finge-se de morto, fatalmente explode...

Entre dutos descuidados, perfura, jorra, polui.
Fere o semelhante, faz jus ao ser divino.
Apaga da memória, sela o vicio, o ciclo.

Após a redenção, após a benção, o refugio...
Após o termo, apos contrato... o acordo.
Sem méritos, sem honra...

Morre...



Tão Distante - Parte 3 - O início

O desconhecido me aguarda, realmente não tenho idéia do que está por vir. Quem sabe um lugar onde possa fazer moradia ou ao menos com condições de montar acampamento.
Enfim encontro um terreno em bom estado, sendo possível a montagem da minha barraca. O frio ainda é forte aqui, mas a neve não cai mais, talvez por um tempo limitado, tendo em vista que não devo estar muito longe. Meu instinto não me permite aquietar-me já que sinto no ar uma aproximação.
Noite em claro, aguardando por contato de algum tipo de fera ou ser humano.
Noite calma, apesar do vento frio que congelava os dedos. Meus sentidos ainda detectavam alguma coisa. Sentia um cheiro estranho no ambiente, o corpo arrepiava com uma onda de ar, seria o frio?
Algo aconteceu naquela noite, não me lembro muito bem. Meu corpo estava paralisado, não pude olhar para trás, não era medo, juro! Simplesmente algo tomou conta de mim num momento vulnerável. Lembro-me de uma forte dor na cabeça, não de pancada, mas de dentro pra fora.
Me vi caído ao chão coberto pela neve que ainda estava lá apesar de não mais nevar.
De certo modo fui espectador daquela cena que insiste em pinçar minha memória. Senti o gelo em minha face, congelando cada parte por onde tocava. Lembro-me também de voltar a minha consciência ainda no chão. Nada foi saqueado, nada foi destruído. Simplesmente aconteceu. Inicio, meio e fim. Um simples pesadelo... ou não.
Resolvi esquecer deste episódio tétrico. E continuar minha busca. Afinal a saudade apertava, gostaria de abraçar Aliek e Lena naquele momento. A única coisa que levo deles são lembranças. E esta viagem pode não ter volta. Gostaria de vê-los uma ultima vez.
- Mas pare de pensar essas coisas homem. Eles dependem de você, um pesadelo desses não deve ser levado em conta, deixe de ser bobo. Mantenha essa postura, você vai voltar com boas novas. FORÇA!
Palavras de otimismo realmente funcionam.
Após todo o material recolhido, seria hora de mais uma longa caminhada sem rumo. Avistei uma casa ao fundo da paisagem. Pude notar que havia fumaça saindo da chaminé, sentia algo errado acontecendo, um clima estranho, lutando contra o frio que macerava meus sentidos, eu estaria à beira da loucura?
Os mantimentos estavam no fim, restando para mais dois ou três dias, quatro no maximo. Era necessário um plano de caça. Mas com essa onda de frio, não havia o que ser feito.
Ao fechar os olhos lembrei-me de Lena e Aliek, saudades dos dois apertavam esse coração duro. Vou voltar, vivo e com melhores condições.
Estava começando a crer que aquela casa poderia ajudar. Porém, uma longa distancia nos separava.