Deitou-se.
Semicerrando os olhos, agitava-se com a brisa úmida que
vinha do temporal avistado ao longe. Os barcos içavam as velas buscando
manter-se no equilíbrio distante. Buscavam manter-se flutuando nas nuvens densas
que mostrava em seu rosto a bandeira pirata.
Ela dizia que não, abusava das concordâncias, mas negava o
fato de que as estrelas surgiam no céu ao pôr do Sol. O astro Rei coroava mais
um dia com sua consorte, a Lua, que nascia como um sorriso do Gato Cheshire.
Alice, não gostava do que surgia ao deitar-se no gramado ainda seco, sem
orvalho. Criou-se o mundo e recriava-se o escuro, sem se preocupar, pois estava
bem consigo mesma, o luar e os pingos que pintavam o céu em formas diversas.
A menina que possuía mais de uma milha de altura, estava expulsa do tribunal.
No mesmo tempo em que os planetas se chocavam,
causando uma explosão cósmica em cores avermelhadas e azuis. Os pássaros, que não tinham hábitos noturnos, voavam sem
rumo. Os bichos, fugiam para destinos incertos.
Ouviam-se as trombetas, os
canhões apontados para o reino.
Uma brisa levantava as folhas secas de outono, porém apenas
uma brilhava rumo à clara luz prateada que admirava Alice deitada em vestes
menores.
As roupas sumiram e o brilho tornou-se o mesmo carmim que a Rainha exigia
suas rosas.
A garotinha, agora despida, fora poupada.