“Após pensar por um instante sobre a questão astrológica,
cheguei em um ponto abstrato demais para deixa-lo em minha mente apenas.
Levando em consideração que as constelações do zodíaco são conjuntos de
estrelas que formam “desenhos” no céu e cada uma delas foi nomeada de acordo
com a imagem que formava. Qual seria a relação que criamos entre a questão
astro/física ao mencionarmos a ciência da astrologia.
No momento em que mencionamos Vênus em Câncer, ou, quem sabe,
Sol em Capricórnio, Júpiter em Virgem (só coisa boa). Sabemos que tudo é regido
pelo Sol, no centro do universo (o nosso universo) e quando um planeta está
entre o sol e a constelação, diz-se então que sofremos diretamente sua
influência desta energia que se desprende de alguma forma ao momento em que o
Sol se alinha com um planeta e então com uma constelação.
Já parou para pensar na relativização que temos ao
compreender que o alinhamento é crucial, assim como o ponto de visão, é claro,
que cria este segmento entre os astros já que as constelações estão paradas no
mesmo ponto do céu enquanto os planetas giram em suas órbitas.
Parece óbvio
porque é óbvio. Faber, eu peço, não caçoe de mim.
Mas pense:
- E se para que Vênus sofresse a influência de Câncer, o
planeta Terra deveria estar em um ponto x em relação a constelação de Câncer e Vênus
em um ponto y em relação a Terra?
Diz alguma coisa homem!
Abraços apertados do seu querido amigo,
VoM”
Assim, desta forma me coloquei a pensar quando VoM em um de
seus devaneios me escreveu esta carta, cá em meu quarto na estação espacial,
cedido amigavelmente pelo meu incrível amigo Fyodor Pavlovich, me pus a pensar:
- Até onde a luz do Sol vai?
- Até onde o universo nos concede o infinito limite?
- Quantas mais estrelas estariam por trás das constelações
que vemos hoje?
- Qual a influência das ondas gravitacionais nisso tudo?
- Até quanto mais eu poderia ir além neste estudo?
- O quão notável seria o nosso tal Fyodor em meio a tantas
perguntas que me surgem na cabeça ao olhar a Terra tão de longe no meio do
vazio de estrelas que vejo cá da estação?
Como se a tese na qual acreditamos até hoje de que tudo
funciona como um relógio regido pelo Sol fosse besteira.
Já que vivemos na terra, não deveríamos encontrar um ponto
de visão em relação a terra, de certa forma, relativizando ainda mais, nós
estamos parados enquanto todo o universo gira em torno de nós (não me leve a
mal), cá da estação, no meu ponto de vista, a Terra gira em torno de mim e as constelações continuam paradas. Capisci?
Sei que se criam consensos, concílios e opiniões populares,
mas além do estudo, além dos 4000 anos de estudo, como se por um instante, um
acaso, um leve deslize, ninguém tivesse arriscado pensar nisso... E se estivéssemos
errados todo esse tempo?
“Não entreis em conflito com teus iguais (e nem desiguais),
procurais a compreensão de ambos os lados sem favorecer nenhum deles e buscais estritamente
o saber através da própria pesquisa. Os homens vos fazem acreditar em tudo o
que lhes é comercial para que vos compreis suas ideias e ideais. Sejais únicos
ao cumprir teus próprios ciclos de estudo sobre as questões que lhes assolais a
mente sem nenhuma e qualquer influência, mesmo que errado estejas o caminho
percorrido é o que realmente importará.”
Faber Krystie McDonnadan