A leveza das coisas simples e o caos mundano se chocam nos
momentos chuvosos nos quais a alma se delimita em apenas residir em uma casca
bruta e sem critérios. A relatividade nos traz a o que se torna arbitrário, a
expectativa contra a realidade, o choque contra o arbusto, o sermão contra o
coração, a sensibilidade contra o muro frio.
Dentre os mais criticados momentos
em que a sociedade se vê diante de um momento de clausura e vingança, transparecemos
o momento de dar a outra face e viver uma vida sem expectativas na qual “aquele
que não se ilude, não se desilude”.
Compreender que a virtude do sábio não é ensinar a pensar,
mas deixar com que pensem e muitas vezes compreender o seu papel no meio em que
vive e este é apenas um parênteses no grande leque que se abre ao estudar as
ciências, a literatura, as normas técnicas e as tantas formas de expressão
artístico-cultural que servem o mundo.
Buscar a empatia é também compreender o lado oposto ao seu e
negar de todas as formas um discurso que carregue as raízes de um pensamento
pessoal. Olhar todos os lados e compreender não qual está certo ou errado, mas,
qual deles é o menos favorecido. É olhar pelo bem comum para que nenhum seja
esquecido.
Pensar sempre no melhor também é uma forma de aquecer os
corações e se arriscar em um infinito árduo. O inferno paira no ar e o paraíso
estará sempre a 7 palmos do chão. A chave não está no credo, mas no self, a
única expectativa que será possível se criar, é a expectativa em si mesmo. Ela
é uma bailarina, na corda bamba, com seu guarda-chuva e roupas inadequadas.
A
expectativa pode ser a atriz, o palhaço, o domador, pode ser até mesmo o dono
do circo, mas jamais será a equilibrista, jamais saberemos se ela chegará ao outro
poste após os 20 passos.