A fortaleza caiu a meus pés, ao ver aquelas pessoas
caminhando no mesmo rumo senti um leve tormento. Minha cabeça pensava, passava
do ponto, às vezes, o sol batia no chão refletindo um milhão de cores entre as
flores de plástico e coroas. O solo arenoso e venoso se mantinha até o muro que
findava aquele terreno.
As pessoas eram identificadas por silhuetas e feixes de
luz. Naquele dia o sol ainda se punha e as pessoas me olhavam com um ar de
tragédia, cerrava os olhos a fim de escurecer a imagem, nada ali ainda era
visível, ofuscado pelos últimos raios me escondi por trás de meus óculos escuros.
Sono profundo, ainda escuta aquela cantiga de ninar e não dorme,
com medo de que ela pare. Para fechar os olhos somente quando o peso das pálpebras
não se faz mais por onde se agarrar, uma lagrima que caía durante o percurso
que se criava naquele rosto pálido. Faltava algo, faltava alguém. Aquela musica
começava a fazer sentido, escutando algumas crianças cantando em coro.
Escutei alguém me chamando, talvez para uma despedida. Não
olhei para trás achei que não devia, uma estranha energia tomava conta de mim e
quase desabei. Vi naquela mulher uma simples humana. Cabisbaixa ainda escondia
seu rosto, não sei ao certo, mas foi a quebra de um mito naquele dia em que o
tempo foi generoso com alguns e tão cruel com outros.
Dedicado àquele que se doou tanto por todos nós e me ensinou tantas coisas...
Valeu Vô...
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